Para evitar multas, quiosque em Copacabana dá fones de ouvido a clientes

Dentro das novas regras sem perder a clientela, evento conhecido como festa silenciosa é realizado todos os dias, a partir das 22h

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 jun 2025, 12h48 - Publicado em 24 jun 2025, 12h44
Quiosque Juannas, em Copacabana
Juannas Beer & Food: em respeito às regras, quiosque em Copacabana distribui fones de ouvido para os clientes curtirem a pista de dança  (Instagram/Reprodução)
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Com as novas regras de ordenamento da orla carioca em vigor desde o início de junho, quem insiste em manter caixas de som, música ao vivo ou instrumentos em funcionamento está sujeito a punições severas — que vão de advertência e multa até apreensão de equipamentos e cassação de alvarás. Mas um quiosque em Copacabana resolveu seguir outro caminho: o da criatividade.

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Localizado próximo ao posto 4, entre as ruas Siqueira Campos e Figueiredo Magalhães, o quiosque Juannas encontrou uma solução inusitada para manter a animação sem infringir o silêncio exigido após as 22h. Há cerca de duas semanas, a casa passou a distribuir fones de ouvido aos clientes durante as noites com atrações musicais, promovendo o que tem sido chamado de “festa silenciosa”.

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“Venha desfrutar de uma experiência única, que une alegria, diversão e o compromisso com o respeito às regras de ordenamento e sossego. Viva a música! Viva o Rio de Janeiro!”, diz o convite do quiosque nas redes. A cena chamou a atenção de frequentadores, que registraram o momento em vídeos compartilhados na internet. Nas imagens, os clientes dançam embalados pelo som transmitido via fones, enquanto o entorno permanece em absoluto silêncio.

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A estratégia surge em resposta ao decreto municipal nº 56.072, publicado pelo prefeito Eduardo Paes no dia 31 de maio e em vigor desde 1º de junho. O texto estabelece dezesseis proibições para o uso da orla carioca, com o objetivo de preservar a ordem urbana, a segurança pública, a limpeza e o bem-estar coletivo. Entre os vetos estão o uso de caixas de som, instrumentos musicais e grupos que gerem qualquer tipo de emissão sonora, mesmo durante o dia. A exceção são eventos previamente autorizados pela prefeitura.

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O decreto também proíbe a presença de ambulantes não licenciados, a venda de bebidas em garrafas de vidro, e os chamados “cercadinhos VIP” montados sobre o calçadão.

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Embora a medida tenha provocado reações diversas — sobretudo entre quem defende a musicalidade como parte da alma da cidade —, o episódio do Juannas mostra que há espaço para respostas criativas que respeitam as normas sem abrir mão da diversão. Se depender da adesão do público e da boa vontade dos comerciantes, a festa silenciosa pode muito bem virar tendência no verão carioca.

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