Hora de se imunizar: quem já pode tomar a vacina contra a gripe no Rio
Prefeitura detecta queda no número de casos de dengue e crescimento nas ocorrências de influenza, que já levou à internação de 70 pessoas na cidade
Começou nesta quinta (21) a campanha de vacinação contra a gripe na cidade do Rio. Podem se imunizar todos os grupos prioritários, como os idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos (duas doses em 30 dias) e grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto). A doença é a mais recente preocupação da prefeitura. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o cenário epidemiológico do município começa a indicar uma queda no número de casos de dengue e um crescimento nas ocorrências de influenza. Setenta pessoas estão internadas por causa da gripe na cidade.
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“A gente, este ano, chegou a ter 2,5 mil casos em um único dia. Desde a última semana, o número de casos de dengue tem caído de maneira muito abrupta, mostrando que a gente teve uma antecipação da curva, que geralmente acontecia nos meses de abril e maio e que, por conta das mudanças climáticas, foi deslocada para janeiro e fevereiro”, disse Soranz à TV Globo. Ainda assim, a campanha de vacinação contra a dengue segue no Rio. O secretário alerta para que os pais levem os filhos entre 10 e 14 anos para tomar o imunizante. “Tivemos 96 mil crianças protegidas com a primeira dose, mas queremos crescer”, disse.
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Se a tendência de regressão da epidemia de dengue no Rio se mantiver, o secretário não descarta mover o efetivo focado no atendimento a casos de dengue para aumentar o atendimento de casos de gripe e reforçar a vacinação. A vacina está disponível em todas as clínicas da família, centros municipais de saúde e, de domingo a domingo, no Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, e no Espaço Vacina, Rio, no ParkShoppingCampoGrande.
Confira os grupos que devem se vacinar a partir desta quinta (21):
Pessoas com 60 anos ou mais;
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos – 2 doses em 30 dias;
Povos indígenas e quilombolas;
Grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto);
Pessoas com deficiência permanente (PcDs);
Professores da educação;
Profissionais das forças de segurança e salvamento e profissionais das forças armadas;
Trabalhadores da saúde;
Pessoas em situação de rua;
Funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos);
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo, caminhoneiros e trabalhadores portuários;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
Veja a lista de comorbidades que são contempladas pela vacinação no Rio:
Doenças respiratórias crônicas: asma em uso de corticoide inalatório ou sistêmico (moderada ou grave); Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); bronquiectasia; fibrose cística; doenças intersticiais do pulmão; displasia broncopulmonar; hipertensão arterial pulmonar; crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doenças cardíacas crônicas: doença cardíaca congênita; hipertensão arterial sistêmica com comorbidade; doença cardíaca isquêmica; insuficiência cardíaca.
Doenças renais crônicas: doença renal nos estágios 3, 4 e 5; síndrome nefrótica; pacienteem diálise.
Doenças hepáticas crônicas: atresia biliar; hepatites crônicas; cirrose.
Doenças neurológicas crônicas: condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica; considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.
Diabetes: diabetes mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão: imunodeficiência congênita ou adquirida, imunossupressão por doenças ou medicamentos.
Obesidade: grau III.
Transplantados: órgãos sólidos; medula óssea.
Portadores de trissomias: síndromes de Down, de Klinefelter e de Warkany.