Quem é o deputado estadual Thiago Rangel, alvo de operação contra fraudes
Uma das propostas recentes do parlamentar investigado foi a concessão da Medalha Tiradentes a Pablo Marçal, candidato derrotado à prefeitura de São Paulo
Fraude em licitação, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. É o currículo de acusações do deputado estadual Thiago Rangel (PMB), alvo de operação realizada nesta segunda (14) pela Polícia Federal.
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As investigações incluem o Ministério Público do Rio e a Receita Federal, e revelaram um esquema criminoso de contratações diretas, por meio de dispensa fraudulenta de licitação de empresas. As investigações apontam sobrepreço e desvio de recursos públicos, com lavagem de dinheiro através de uma rede de postos de combustíveis.
Os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão em Campos dos Goytacazes, na Região dos Lagos, na Região Metropolitana e na capital fluminense. Segundo a TV Globo, foram apreendidos R$ 160 mil reais, um veículo de luxo blindado, avaliado em R$ 350 mil, celulares, computadores e documentos.
De acordo com a declaração de do deputado, sua renda cresceu 780% em dois anos. Em 2020, quando concorreu ao cargo de vereador em Campos dos Goytacazes, Thiago declarou um patrimônio de R$ 224 mil, composto por dois veículos, participação no valor de R$ 60 mil em um posto de gasolina e um jet-sky. Já em 2022, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, declarou um patrimônio de mais de R$ 1,9 milhão, composto de 18 postos de combustíveis e 12 de empresas identificadas na investigação. Em 2014, Thiago Rangel trabalhava como motorista e tinha salário de R$ 1 mil.
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O inquérito começou a partir do compartilhamento de provas, depois da prisão de um assessor do deputado, que foi autuado em flagrante em setembro de 2022 pela prática de corrupção eleitoral. O mesmo assessor é doador de campanha na eleição deste ano de Thamires Rangel, filha de Thiago Rangel, a vereadora mais jovem eleita no país, com 18 anos de idade.