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Quedas de elevador: Rio registra três casos em 24 horas

Acidentes causaram 2 óbitos; no Hospital Salgado Filho, paciente morreu após ficar 15 minutos preso e em prédio residencial, mecânico despencou

Por Da Redação
2 jul 2024, 14h14
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Salgado Filho: paciente morre após acidente com elevador  (Redes sociais/Reprodução)
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Em cerca de 24 horas, três acidentes com elevadores aconteceram na cidade, provocando duas mortes. Um deles ocorreu em um edifício residencial em Copacabana, e dois outros em prédios públicos: um no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde um paciente acabou falecendo por demora no atendimento, já que ficou preso por cerca de 15 minutos, e outro no prédio da Secretaria estadual de Fazenda (Sefaz-RJ), no Centro, que causou ferimentos em uma mulher. O segundo óbito foi o de um técnico que havia ido consertar o equipamento no edifício de Copacabana. Todos os casos foram registrados entre domingo (30) e segunda (1).

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O serviço de manutenção dos elevadores fica a cargo de empresas terceiras contratadas, com base na Lei nº 2.473, de 7 de janeiro de 1999. Segundo a legislação, a inspeção e manutenção de elevadores, escadas rolantes e equipamentos similares em edifícios públicos e privados devem ser realizadas pelos proprietários, responsáveis ou administradores dos edifícios onde esses equipamentos estão instalados. Para que as empresas sejam consideradas aptas, é preciso que sejam liberadas pela RioLuz. O órgão é responsável por conceder o registro, habilitação e legalização, através da Gerência de Engenharia Mecânica (GEM), para que a empresa possa ser prestadora de serviço, sendo esta a única responsável por tudo que ocorre no elevador. Caso a empresa não cumpra com os deveres de manutenção e prestação de serviços, as seguintes sanções podem ser aplicadas pela Rioluz, segundo a lei: multas de até R$ 10 mil, suspensão das atividades, interdição de estabelecimentos e penalidades administrativas, civis e criminais.

A Fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) está enviando equipes aos locais dos acidentes a fim de apurar a responsabilidade pela prestação do serviço, que precisa ser executado por profissionais habilitados. O Crea-RJ já constatou que o responsável técnico pela manutenção do elevador do Salgado Filho não tem registro no conselho, de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o que indica alguma irregularidade. Já a empresa responsável pela manutenção do elevador da Secretaria de Fazenda está regularizada no Conselho.

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Pane elétrica no Salgado Filho

A direção do Hospital Municipal Salgado Filho abriu sindicância para investigar a morte de Sérgio Gabriel, de 28 anos, que aconteceu na tarde de domingo (30). Ele ficou preso em um elevador por 16 minutos após uma pane elétrica. O incidente ocorreu enquanto o paciente era transportado da enfermaria de neurocirurgia para a emergência da unidade. A equipe que o acompanhava tentou reanimá-lo, sem sucesso. A vítima tinha hidrocefalia, uma doença crônica preexistente, e, segundo a Secretaria municipal de Saúde, faleceu por conta da gravidade do caso. Segundo a pasta, a porta do elevador caiu e descarrilou às 12h35. No momento, toda a equipe clínica do hospital, assim como a de manutenção, estava no local. “Ele tinha acabado de passar por uma reanimação cardiorrespiratória e estava sendo transferido de andar justamente pelo agravamento do quadro”, diz a secretaria, em nota.

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Um novo conjunto de elevadores está em processo de licitação no hospital. Enquanto isso, uma equipe de manutenção fica à disposição na unidade 24 horas para reparos necessários.

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Pane elétrica: prédio em Copacabana onde elevador despencou matando funcionário da manutenção (Google Street View/Reprodução)

Queda do 12º andar em Copacabana

Na tarde desta segunda (1), aconteceu a segunda morte. Alex Fernandes, de 40 anos, era funcionário da empresa Multelev Elevadores e estava no edifício, de número 35, na Rua Barão de Ipanema, em Copacabana, para fazer a manutenção do equipamento. Segundo testemunhas, a empresa foi acionada porque ele apresentava ruídos atípicos. Os relatos dão conta de que, enquanto tentava fazer o conserto, Alex foi até o 12º andar. Quase nos últimos andares do prédio, o elevador despencou e ele morreu na hora. Agentes do quartel de Copacabana foram acionados às 12h55 para o resgate. O funcionário era era casado e deixa dois filhos. O caso foi registrado na 13ª DP (Ipanema).

passando dos limites

Já na Secretaria de Fazenda, uma mulher ficou presa dentro do elevador do edifício, que fica na Avenida Presidente Vargas, no Centro. O quartel do Corpo de Bombeiros do Centro foi acionado para o resgate às 8h50 de segunda (1) e levou a vítima, que não teve a identidade divulgada, para o Hospital municipal Souza Aguiar, também no Centro. Em nota, a Sefaz-RJ explicou que o problema no elevador ocorreu quando ele “passou do 20º andar, que é o limite, e acabou atingindo o teto. Os dispositivos de segurança reduziram o impacto do equipamento”, diz a nota. A vítima, que é servidora, teve ferimentos leves, já realizou exames e não corre riscos.

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