Quais lojas de luxo permanecem na Zona Sul? Hermès e Louis Vuitton saíram
Com corrida rumo a (Zona) Oeste, grifes internacionais de ouro ficam mais escassas do outro lado do Túnel Dois Irmãos; Shopping Leblon e Ipanema são trincheiras

Com a migração da francesa Hermès rumo ao Village Mall, na Barra, conforme adiantou a colunista Lu Lacerda em janeiro, a Zona Sul fica mais pobre em grifes internacionais de luxo. Seguindo um caminho já trilhado pela Louis Vuitton, que no final do ano passado também deixou a Rua Garcia D’Ávila, em Ipanema, após trinta anos abrilhantando o endereço, a quase bicentenária Hermès (foi fundada em 1837) chega à Barra com cacife: após valorizar 17,8% em 12 meses, ultrapassou o valor de mercado da LVMH, que registrou uma queda de 19,9% no mesmo período, passando a ser a marca de luxo mais valiosa do mundo, após acumular US$ 283 bilhões na bolsa de valores.
+ Um Rio familiar começa a ser mapeado pelo Museu da Imagem e do Som
A corrida das grifes que valem ouro para o Oeste, no caso, para o VillageMall, na Zona Oeste, fere gravemente o mercado na Zona Sul. Enquanto o shopping grifado acumula 90% das marcas internacionais de moda na cidade — a exemplo de Gucci, Prada e Tiffany & Co. —, do outro lado do Túnel dois Irmãos este tipo de comércio mantém trincheiras no Shopping Leblon, além do quarteirão ipanemense.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
É no shopping do bairro imortalizado pelo novelista Manoel Carlos que se mantém a também francesa Chanel, assim como a Lacoste e a Le Creuset, a alemã Boss, a suiça Lindt, a canadense Mac e a austríaca Swarovski, além de joalherias como H. Stern e Antonio Bernardo. Já Ipanema mantém marcas como as brasileiras Nannacay, de bolsas e acessórios de luxo feitos à mão, e The Paradise, com peças criadas por Thomaz Azulay e Patrick Doering que têm edição limitada e vêm numeradas à mão.