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Como operava quadrilha que hackeava Banco do Brasil para cometer crimes

Bandidos cooptavam eletricistas para instalar dispositivos no cabeamento de dados e, com apoio de bancários, invadiam sistema e faziam transferências

Por Da Redação
8 jul 2024, 14h41

Três pessoas foram presas nesta segunda (8) em uma operação da Polícia Civil contra uma quadrilha que “hackeava” agências do Banco do Brasil. Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), o bando instalava dispositivos no cabeamento de dados nas agências e assim fazia transferências, furtando de correntistas aleatoriamente. Os suspeitos também compravam credenciais dos funcionários, chegando a pagar R$ 100 mil por uma delas. O prejuízo causado pelos criminosos é estimado em R$ 40 milhões em todo o país.

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Os agentes saíram cedo para cumprir seis mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, na operação batizada de Firewall. Até o início da tarde desta segunda (8) foram presos Andrey Oliveira de Azevedo, Nelson Sampaio de Oliveira e Rômulo Andrade Nascimento da Silva.  Eles foram indiciados por invasão de dispositivo informático e associação criminosa. A investigação contou com relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontaram movimentações financeiras suspeitas nas contas dos investigados. Em menos de 2 anos e meio, um dos alvos movimentou R$ 2,5 milhões.

Segundo informações obtidas pela TV Globo, a investigação começou quando uma agência do Banco do Brasil no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, detectou um acesso estranho na rede interna. A polícia analisou imagens das câmeras de segurança e descobriu que um funcionário terceirizado instalou um aparelho nos cabos de internet. Após um trabalho de inteligência, o eletricista Vinícius de Sousa Santos Tobias foi preso no dia 2 de maio dentro de uma agência de Pedra de Guaratiba. Ele trabalhava numa empresa que prestava serviços para o Banco do Brasil e admitiu que foi cooptado pela quadrilha para instalar dispositivos na rede interna. Em depoimento, contou que ganhava R$ 10 mil por instalação.

“Já conectados à rede do banco, os criminosos, se valendo da credencial de funcionários, obtidas fraudulentamente, ou com auxílio de funcionários cooptados, acessam o sistema do banco e realizam as operações de interesse, tais como movimentações e troca de dados cadastrais, como foto, identidade e assinatura, e até de biometria”, diz o relatório da DRF. Segundo o delegado Moyses Santana, da Delegacia de Roubos e Furtos, a quadrilha tinha dois principais objetivos depois da invasão da rede do banco: realizar transações financeiras fraudulentas, subtraindo valores de contas de terceiros em proveito dos criminosos e extrair informações confidenciais para utilização em outros crimes ou comercialização delas. Seis inquéritos estão em andamento na especializada para investigar a invasão da rede de agências bancárias no Rio.

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O Banco do Brasil informou à TV Globo que as investigações foram iniciadas a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, comunicadas às autoridades policiais. “O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso”, diz, em nota, acrescentando que “a conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar em processos que são analisados em sigilo”.

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