Cidade

Vila Mimosa: Prostitutas prometem lotar a Alerj nesta sexta-feira

Profissionais do sexo vão protestar contra fechamento do maior reduto de prostituição da cidade, interditado por falta de documentação dos Bombeiros

Por Cleo Guimarães
11 mar 2020, 18h11

Cerca de 300 profissionais do sexo estão se programando para encher as galerias da Alerj nesta sexta-feira, na sessão da CPI dos Incêndios, presidida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL). Será um ato de protesto contra o fechamento do maior reduto de prostituição da cidade, a Vila Mimosa, na Praça da Bandeira. O espaço está interditado desde dezembro de 2019. O motivo da interrupção no trabalho das prostitutas foi a documentação irregular, junto ao Corpo de Bombeiros. em vários estabelecimentos onde elas trabalhavam. “Que fique bem claro que nunca houve nenhum caso de incêndio na Vila Mimosa desde o início de suas atividades, em 1996”, diz Herédia Alves, advogada da Associação de Moradores da Vila.

Ela conta que muitas profissionais devem ir à Alerj usando algum tipo de máscara para manter o anonimato. “A maioria esconde este trabalho da família”. Um folheto que circula pela internet explica que no espaço onde funciona a Vila Mimosa foram feitos ajustes preventivos para se enquadrar as regras nacionais de prevenção a risco de Incêndio. “Desprezamos veementemente qualquer informação que nos coloque no rol de grandes incêndios, como os que ocorreram no Ninho do Urubu, Hospital Badim e Museu Nacional, ou de qualquer outro aparelho público”, afirma o comunicado.