Professora da rede municipal é afastada após denúncia de transfobia
Profissional do ensino público já havia sido acusada de intolerância religiosa

Uma professora da Escola Municipal Acre, em Todos os Santos, na Zona Norte, foi afastada do trabalho após denúncia feita pela família de uma menina trans de 13 anos, apontando preconceito de gênero.
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Em relato feito há duas semanas, a adolescente disse que a professora tentou obrigá-la a usar o nome masculino de batismo. A professora de inglês não teria aceitado a utilização do nome social, adotado no ano passado e registrado em todos os documentos oficiais da vítima.
“Na frente da turma inteira, a professora perguntou quem era Kauane. Kauane respondeu, e ela botou com o próprio punho o nome morto da Kauane no trabalho. Ela fez esse absurdo”, afirma Rosana Sarmento Ribeiro, mãe da menina. “Estou defendendo a minha filha e todas as crianças que passam pelo mesmo problema. As crianças precisam ter confiança na escola, nos educadores, nos pais”, diz
A estudante tem grau de autismo a não conseguiu retornar à escola depois do incidente. A família diz que essa não foi a primeira discriminação. Em 2023, ao descobrir que a adolescente é do candomblé, a professora teria obrigado todo mundo a rezar em sala de aula.
A mãe registrou um boletim de ocorrência por crime de preconceito: “Ela não sabe ensinar, só sabe ensinar ódio e preconceito, discriminação, capacitismo, homofobia, transfobia”, afirma. A Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância e a Polícia Civil informou que está ouvindo testemunhas como parte das investigações.