Quem era o Professor, traficante do Comando Vermelho morto no Rio
Amante de Fhillip da Silva Gregório se apresentou às autoridades, afirmou que ele teria cometido suicídio e entregou arma supostamente usada na ação

A polícia investiga as circunstâncias da morte de Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, apontado como um dos principais traficantes da facção Comando Vermelho (CV) na capital fluminense. Baleado na cabeça, ele chegou gravemente ferido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte, Rio, no fim da noite deste domingo (1), e não resistiu aos ferimentos. Uma testemunha, que mantinha uma relação extraconjugal com Fhillip, se apresentou espontaneamente às autoridades e afirmou que ele teria cometido suicídio. A mulher entregou à polícia a arma que, segundo ela, teria sido usada pelo criminoso. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está à frente da investigação.
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Professor era responsável pela aquisição e transporte de armas, drogas e munição para o Comando Vermelho. Conversas interceptadas pela Polícia Federal mostram que ele também pagava propinas a policiais militares. O traficante acabou se tornando o “dono” da favela da Fazendinha, no interior do Complexo do Alemão, consolidando seu poder na região. Ele foi preso em 2015 e condenado a 14 anos de prisão por tráfico e associação criminosa quando foi encontrado com 100 kg de cocaína em um sítio de Seropédica. O criminoso deixou o Instituto Penal Edgard Costa em setembro de 2018 para uma saidinha e não voltou. Ele cumpria regime semiaberto e recebeu a autorização de fazer uma Visita Periódica ao Lar, com obrigação de retorno – o que não aconteceu.
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Segundo a Polícia Federal, Professor reformou sua mansão no Alemão, onde instalou piscina, hidromassagem e um pequeno centro cirúrgico. Lá, realizou ao menos três procedimentos: uma lipoaspiração, um implante capilar e a retirada de um projétil da cabeça.