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Quem são os presos no Rio na operação que mirou braço político do CV

Operações realizadas nesta quarta (3) prenderam um delegado da PF, policiais militares e um ex-secretário municipal e estadual, além de um deputado estadual

Por Da Redação
Atualizado em 4 set 2025, 17h56 - Publicado em 4 set 2025, 15h00
Ligados ao Comando Vermelho: o ex-secretario estadual Alessandro Carracena (esquerda), o deptado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (centro) e assessor parlamentar foram presos na operação.
Ligados ao Comando Vermelho: o ex-secretario estadual Alessandro Carracena (esquerda), o deptado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (centro) e assessor parlamentar Luiz Eduardo Cunha Gonçalves foram presos na operação. (Flávia freitas/Oab/Reprodução)
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Na quarta (3), uma estrutura que servia como braço político e financeiro da facção CV (Comando Vermelho) foi alvo de duas operações simultâneas da Polícia Federal no Rio.

Operação Zargun

A Operação Zargun, deflagrada pela PF (Polícia Federal), mira um esquema de corrupção envolvendo diversos agentes públicos. De acordo com a investigação, lideranças do Comando Vermelho no Complexo do Alemão mantinham contato com um delegado da PF, policiais militares e um ex-secretário municipal e estadual, além de um deputado estadual.

De acordo com a PF, o CV se infiltrou na administração pública para garantir impunidade e acesso a informações sigilosas, além de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, que eram revendidos até para facções rivais, com a ajuda destes agentes.

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Ao todo, foram quinze presos na operação. A previsão inicial era o cumprimento de 18 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, com autorização da Justiça Federal e Estadual.

Entre bens e valores dos investigados, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região determinou o bloqueio de R$ 40 milhões e os agentes públicos e empresas utilizadas para lavagem de dinheiro tiveram as operações suspensas.

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Também foi determinada a transferência emergencial de lideranças da facção para presídios federais de segurança máxima.

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Operação Bandeirantes

Na Operação Bandeirantes, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO-RJ), o deputado estadual TH Joais foi preso em um condomínio de luxo, na Zona Oeste, acusado de intermediar diretamente a compra e a venda de drogas e armas com membros da organização criminosa.

TH e outras quatro pessoas foram denunciadas pelos crimes de associação ao tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. Quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão são cumpridos em endereços na Barra da Tijuca, Freguesia e Copacabana.

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Luciano Martiniano da Silva, o “Pezão”; Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe do Comando Vermelho; e Manoel Cinquine Pereira, o “Paulista” também estão sendo investigados.

+ TH Joias: quem é o deputado preso por tráfico e lavagem de dinheiro

Quem são os presos?

Entenda quem são os presos:

Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias (ex-MDB)
Deputado estadual, assumiu o mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2024. Em seu perfil oficial, descreve sua atuação como “transparente e digna de confiança”. Segundo as investigações, no entanto, Thiego usava o cargo para favorecer o crime organizado, intermediando a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados a comunidades controladas pelo CV. Também foram identificadas movimentações financeiras suspeitas em empresas ligadas a ele, com sucessivos alertas de instituições financeiras sobre possível lavagem de dinheiro.

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Alessandro Pitombeira Carracena
O advogado já foi secretário municipal de Ordem Pública do Rio, em 2020; secretário estadual de Esporte e Lazer, em 2022; e subsecretário estadual de Defesa do Consumidor. Ele acabou exonerado do último cargo em janeiro deste ano. De acordo com a investigação, Carracena vazava operações policiais para membros do CV. Em coletiva, o superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão, afirmou que o ex-secretário chegou a solicitar a retirada de uma base da PM na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, para não prejudicar o esquema.

Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, o Dudu
Assessor parlamentar de TH Joias, Dudu é suspeito de atuar como vendedor e operador de aparelhos antidrones para traficantes, principalmente no Complexo do Alemão. Os equipamentos eram usados para evitar incursões surpresa das forças de segurança.

+ Quem era a Barbiezinha de Bangu, presa por tráfico de drogas

Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão
Apontado como braço direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, líder do CV no Alemão, era o elo entre a facção e TH Joias. Ele também é investigado por compras de fuzis no Paraguai.

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Gustavo Steel
Delegado da PF, foi preso em flagrante enquanto estava de plantão no Aeroporto Internacional do Rio (Galeão). As investigações indicam que ele repassava informações confidenciais a criminosos. Antes da prisão, chegou a consultar sistemas de segurança para verificar a existência de mandados contra Dudu e Índio do Lixão. Dias antes de ser preso, Steel publicou uma foto ao lado da companheira onde ela aparece usando um anel feito por TH.

Outras oito pessoas foram presas, incluindo policiais militares. Os nomes, no entanto, não foram divulgados. Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que “não compactua nem tolera quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou abuso de autoridade praticados por seus agentes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

 

 

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