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Leandra Leal

Atuando em filmes que fizeram sucesso em 2013, ela acumulou troféus, elogios de diretores, e agora vai dirigir um documentário sobre transformistas

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 13h58 - Publicado em 11 dez 2013, 17h38
Tomás Rangel
Tomás Rangel (Redação Veja rio/)
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No que diz respeito a cinema, não teve para ninguém. Protagonista de quatro filmes que foram indicados a prêmios no Festival do Rio, Leandra Leal foi o grande destaque do evento neste ano. A consagração veio com o título de melhor atriz por seu papel em O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra. Com 31 anos de idade ? e praticamente o mesmo tempo de carreira ?, a jovem está vivendo, em 2013, o momento mais produtivo de sua vida. Também foi agraciada, por exemplo, com o Kikito do Festival de Gramado pela densa atuação em Éden, drama em que vive uma mulher grávida que tem o marido assassinado. E a moça não foi apenas sucesso de crítica: a comédia Mato sem Cachorro, na qual interpreta uma mulher que tem um cãozinho como cupido, ultrapassou a invejável barreira de 1 milhão de espectadores. Ano cheio, em 2013 ela também fez TV, dando uma dessas sortes que a vida às vezes oferece ? no remake de Saramandaia, escrita por Dias Gomes, vivia a engajada Zélia Vilar, justamente quando as principais cidades do país estavam tomadas por protestos, e a personagem ganhou mais brilho. ?Este foi um ano de colheita?, diz Leandra. ?Foi um alívio, e um êxtase, ver todos esses trabalhos prontos e em exibição?, conta.

Filha da atriz Ângela Leal, ela acompanhava desde pequena a mãe nas gravações e, antes de aprender a ler, já brincava de passar o texto de personagens imaginários. O estouro da carreira se deu no início da adolescência, em 1997, quando atuou no longa A Ostra e o Vento, ao lado de Lima Duarte. De lá para cá, acumula no currículo atuações em dezenove filmes, assim como 24 trabalhos para a televisão, entre novelas e séries. Na visão de nossos principais diretores, seu talento é considerado uma unanimidade, especialmente pela intensidade com que ela se entrega a papéis habitualmente complexos. Casada com o paulista Alê Youssef (um dos sócios da casa de shows Studio RJ, antigo Jazzmania, em Ipanema), Leandra dedica-se atualmente a um antigo projeto, o documentário Divinas Divas. Moradora da Gávea, tem se ocupado doze horas por dia na produção do filme, que retrata os cinquenta anos de carreira de transformistas como Rogéria e Jane Di Castro. Até março, esse trabalho vai preencher integralmente sua rotina, devendo ser lançado em julho. ?Ninguém permanece décadas em cartaz se não for talentoso, profissional. O tempo é a maior peneira que existe?, diz. Com vinte anos de trabalho e sucessivos papéis brilhantes, Leandra Leal vai se encaixando perfeitamente neste exemplo.

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