Por que a prefeitura determinou retirada de 400 câmeras da Gabriel das ruas

Município ordena realocação de equipamentos da empresa após autuações e acusações de instalação sem aval em espaços públicos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 ago 2025, 15h13 - Publicado em 12 ago 2025, 12h02
Do Leblon ao Leme, quiosques e postos de salvamento exibem equipamentos de segurança
Quiosques e postos de salvamento do Leblon ao Leme foram equipados com câmeras de segurança (Gabriel/Divulgação)
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A prefeitura do Rio determinou que a empresa de monitoramento Gabriel Tecnologia remova e reposicione mais de 400 câmeras instaladas em vias e espaços públicos da cidade até o fim deste ano. A medida, segundo o município, foi tomada após a constatação de “interferência excessiva” dos equipamentos em áreas públicas, além de autuações por instalação sem a devida autorização.

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O tema foi debatido nesta segunda (11), durante reunião da CPI das Câmeras na Assembleia Legislativa (Alerj), que investiga a atuação de empresas privadas no setor. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, Gustavo Guerrante, a Gabriel já recebeu pelo menos cinco multas desde 2023 por irregularidades na colocação dos dispositivos. “A empresa teve abusos identificados no ano passado e, ao constatar interferência indevida no calçamento, aplicamos multas e pedimos a remoção de alguns aparelhos. Mais recentemente, propusemos a retirada de todas as câmeras em vias públicas”, afirmou Guerrante, ressaltando que equipamentos instalados em áreas privadas, com consentimento dos proprietários, poderão permanecer.

Gustavo Guerrante, secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento
Gustavo Guerrante, secretário de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento, durante reunião da CPI das câmeras, na Alerj (TV Alerj/Reprodução)

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que, apenas em 2024, foram abertos cinco procedimentos por desconformidade na instalação de equipamentos da Gabriel, resultando em multas que somam cerca de 12 000 reais. Em função disso, a empresa, que também atua em Niterói e São Paulo, protocolou pedido e recebeu autorização provisória para adequar suas instalações em 317 endereços da capital até 31 de dezembro de 2025.

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A Gabriel já vinha realizando um processo de readequação da localização dos equipamentos. O diretor executivo, Erick Castiglione Coser, garantiu à comissão que cumprirá o prazo estabelecido e realocará as câmeras para locais privados com aval legal.

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Atualmente, a prefeitura mantém seu próprio sistema de monitoramento, o Civitas, considerado mais abrangente que o da empresa privada. Guerrante frisou que qualquer instalação em espaços públicos precisa passar pela análise de uma comissão municipal, responsável por conceder — ou não — a autorização.

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A CPI das Câmeras foi instalada em junho com a missão de investigar não apenas empresas privadas de monitoramento, mas também cooperativas ligadas à recuperação de veículos roubados. Segundo o presidente da comissão, Alexandre Knoploch (PL), a Gabriel acumula irregularidades, entre elas a atuação sem licenciamento específico da prefeitura e falta de transparência nos critérios para instalação.

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O grupo parlamentar é composto, além de Knoploch, pelo vice-presidente Marcelo Dino (União Brasil) e o relator Filippe Poubel (PL), além dos membros titulares Rodrigo Amorim e Luiz Paulo (PSD). Os suplentes são Alan Lopes (PL), Renan Jordy (PL), Professor Josemar (PSOL), Thiago Rangel (Avante) e Sarah Poncio (SDD).

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