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Prefeitura fecha boate na Lapa em que mulheres alegam ter sido estupradas

Estrangeira de 25 anos diz ter sido abusada coletivamente no dark room, um quarto escuro da casa, onde outra vítima teria sido violentada ano passado

Por Da Redação
Atualizado em 5 abr 2024, 13h12 - Publicado em 5 abr 2024, 12h51

A Secretaria municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) interditou na noite desta quinta (4) a boate Portal Club, na Lapa, onde duas mulheres afirmam terem sido estupradas, uma delas coletivamente, num quarto escuro. “A medida administrativa foi tomada preventivamente para preservar a segurança e a ordem pública. O local permanecerá fechado até o encerramento das investigações pela polícia”, informou a Seop ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

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Segundo o Corpo de Bombeiros, a casa noturna estava funcionando irregularmente, já que não tinha o Certificado de Vistoria Anual (CVA) — que garante a segurança contra incêndio e pânico. Na quarta (3), a Delegacia da Mulher (Deam) do Centro fez uma perícia no local. Os proprietários entregaram as imagens das câmeras de segurança, e os investigadores afirmam que já têm pistas de um dos suspeitos de ter cometido o crime.

A primeira denúncia contra a Portal Club foi de uma universitária estrangeira de 25 anos. Segundo ela, o estupro coletivo aconteceu no último domingo (31) no dark room, ou quarto escuro. Ela já deixou o país e divulgou uma carta ä que a TV Globo teve acesso. “Estou de volta em casa e só quero descansar e esquecer. Não sei se haverá justiça ou não. Espero que a minha história ajude outras mulheres que passaram pela mesma coisa a serem encorajadas a falar, que saibam que não estão sozinhas”, escreveu. Na carta, a universitária conta que foi levada por um rapaz que conheceu na festa para o quarto escuro. Ela afirma que achava que estava indo para uma outra pista de dança. Nesse espaço, ela conta que foi violentada por outros homens. A estrangeira chegou a falar que perdeu a consciência durante o abuso.

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Com a repercussão do caso, outra mulher afirmou ter sido violentada na boate antes da universitária estrangeira, em novembro do ano passado. “Eu fui assistir a um grupo de pagode, que eu conhecia. E, neste dia, tinha um open-bar, e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro não me senti bem, tonta, e não me lembro mais do que aconteceu. Acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça“, conta a mulher. “Quando eu fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Só que assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: ‘Você sabe onde você estava?”. Não, não sei. “Você estava num ‘dark room’. Mas eu nunca entraria no ‘dark room‘”, conta.

Em nota, a boate Portal Club disse que repudia veementemente o crime e que nunca irá apoiar qualquer tipo de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres. O estabelecimento se disse comprometido com a investigação e que deseja que os responsáveis sejam “devidamente punidos”.

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