Prefeitura lança edital de transporte aquaviário entre aeroportos do Rio
Documento, lançado nesta quinta (25), estabelece que serviço levará 45 minutos e tarifa será de R$ 20; obras de implantação devem durar 2 anos
A tão falada ligação aquaviária entre os aeroportos do Rio finalmente está no papel: a Companhia Carioca de Parcerias e Concessões (Ccpar) lança nesta quinta (25) o edital de licitação para escolher a empresa que ficará responsável por implantar e operar uma nova ligação de barcas na cidade, entre o Santos Dumont e o Tom Jobim. O documento estabelece que a viagem, de 45 minutos de duração, deve custar R$ 20. O sistema será viabilizado por uma Parceria Público-Privada (PPP) com custo estimado de R$ 106 milhões, sendo que a prefeitura aceitaria pagar até R$ 24 milhões para viabilizar o projeto. Ganha a licitação o concorrente que prever um menor investimento público, tendo como referência este limite. A licitação toma como base estudos de viabilidade econômica do projeto feito pela iniciativa privada.
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As obras de implantação estão previstas para durar dois anos e a estimativa é que 3,5 mil pessoas usem o serviço diariamente, o equivalente à cerca de 10% da quantidade de passageiros que circulam pelo aeroporto internacional do Rio em um dia. Para isso, serão necessárias sete embarcações de pequeno porte, com capacidade para até 100 passageiros. A licitação está marcada para o dia 6 de junho. A conexão entre os aeroportos incluirá uma etapa do percurso por terra. Do as barcas partirão e chegarão a partir de um terminal a ser instalado em área da Marina da Glória próxima ao shopping Bossa Nova. De lá, as embarcações seguirão até a Praia do Galeão, na entrada da Ilha do Governador, numa viagem de 35 minutos. Ali, o passageiro embarcará em vans ou ônibus em um serviço de shuttle até o terminal de embarque do Tom Jobim, que seriam cobertos em dez minutos. Todos os veículos serão elétricos.
“Há demanda para a ligação aquaviária até por conta da limitação de voos no Aeroporto Santos Dumont, que restringiu voos de lá para distâncias superiores a 400 quilômetros para estimular o aumento de demanda no Tom Jobim — disse ao Globo o secretário de Coordenação Governamental, Jorge Arraes, lembrando que será uma alternativa à linha executiva do BRT
interligando o Tom Jobim ao Terminal Gentileza, por exemplo. A expectativa de Arraes é que
a demanda pelo serviço seja maior nos horários do rush por passageiros que querem chegar ao Tom Jobim sem enfrentar congestionamentos na Linha Vermelha e Avenida Brasil.
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Segundo o Globo, a prefeitura acredita que o roteiro pode inclusive virar opção de turismo na Baía de Guanabara, numa versão carioca do serviço de ferry boat que liga o sul da ilha de Manhattan a Staten Island, em Nova York. No caso da travessia carioca, o usuário poderá observar o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor entre outras atrações turísticas. No percurso, as barcas passarão ainda por baixo da Ponte Rio-Niterói.