Prefeitura adia implantação do Jaé, cartão que vai substituir Riocard
Novo sistema funciona somente no BRT até o momento. Início da operação em todos os transportes é agora prevista para o fim de abril
Batizado de Jaé, o novo sistema de bilhetagem eletrônica previsto para o transporte público do Rio teve o seu lançamento adiado pela prefeitura. O sistema começaria a funcionar a partir desta quarta (1º), no entanto, com o cronograma revisto, o Riocard deverá ser aceito nos modais do município por mais dois meses, no mínimo.
+ Réveillon vem aí: Rio está entre destinos mais procurados por estrangeiros
Os motivos para o adiamento envolveram a demora para conclusão de testes operacionais, com intuito de corrigir falhas e superar problemas técnicos, e até dúvidas jurídicas, como se a prefeitura poderia exigir que os consórcios de ônibus da cidade (Transoeste, Transcarioca, Santa Cruz e Internorte) arcassem com os custos da instalação de novos validadores.
A operação do Jaé agora é prevista para começar no fim de abril ou até maio. “Quando anunciamos novembro, era um cronograma otimista. Mas a implantação do sistema se revelou algo mais complexo”, explicou a secretária municipal de Transportes, Maina Celidonio, ao jornal O Globo.
Ainda há dificuldades técnicas a serem resolvidas, como a escolha da melhor posição do Jaé nos coletivos, para que seja possível captar imagens do uso do validador, a existência de áreas de sombra, além dos problemas na gestão do sistema no BRT, onde o serviço já opera desde julho. Quando o Jaé foi implantado, ainda havia poucas estações com terminais de autoatendimento ativos e pontos de venda avulsos do cartão.
A operação do sistema ainda é limitada, uma vez que o novo cartão de viagens é somente aceito no sistema de articulados, causando uma baixa procura dos passageiros. Em média, 206 dos cerca de 200 00 usuários do BRT têm usado o Jaé para deslocamentos diários, de acordo com a Câmara de Compensação Tarifária da prefeitura.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Para evitar ações que atrasem ainda mais a implantação da nova bilhetagem, a prefeitura também optou pagar pela pela instalação dos equipamentos em mais de 3 000 coletivos, em vez de transferir o ônus para os consórcios. A instalação de sensores de temperatura para monitorar se os coletivos estão circulando ou não com ar condicionado também será bancada pelo município. O custo de todos os equipamentos, que serão instalados garagem por garagem a partir de 13 de novembro, ainda está sendo orçado.
A criação do Jaé vem do objetivo da prefeitura de ter um controle melhor sobre os custos do sistema de bilhetagem. Mesmo com a instalação do novo sistema, o Riocard, cartão da operadora Riocard TI, continuará a ser aceito na região metropolitana do Rio sob responsabilidade do governo estadual, nos trens, barcas, vans e ônibus intermunicipais.