O futuro do prédio que abrigou o Cassino da Urca, fechado desde 2021
Edifício histórico de 1920 que já foi hotel de luxo, emissora de TV e escola de design reabre as portas como Colégio Eleva em 2023
Após passar por uma reforma, o antigo Cassino da Urca, erguido no início de 1920, reabre as portas em 2023 com atividades voltadas à alfabetização como Colégio Eleva Urca. Controlado pelo empresário Jorge Paulo Lemann, em 2020 o grupo Eleva saiu vencedor na licitação que decidiu quem passaria a utilizar o prédio do antigo cassino, que já foi hotel de luxo, sede da TV
Tupi e, mais recentemente, do Instituto Europeo di Designer (IED), que lá funcionou até 2021. Para ocupar o espaço, o Eleva vai desembolsar, por 15 anos, 89.800 reais por mês.
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De acordo com o jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna no Globo, foram mantidas as paredes do prédio original, mas a recepção principal, piso de madeira dos pavimentos e fachada foram completamente restaurados.
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Construído para atender os visitantes da Exposição de 1922, o prédio abrigou, inicialmente, o Hotel Balneário da Urca. Em estilo eclético, ele foi projetado pelos arquitetos Archimedes Memória e Francisco Couchet. Eram 34 aposentos de muito luxo. Na década seguinte, em 1933, o local virou endereço do Cassino da Urca, administrado pelo empresário Joaquim Rolla, com apoio do governo de Getúlio Vargas. Ali brilharam estrelas como Carmem Miranda. Em 1946, no entanto, o então presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu os jogos no Brasil, levando à extinção todos os cassinos do Rio de Janeiro. O prédio ficou praticamente abandonado por alguns anos, mas em 1950 foi comprado pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand, que ali instalou a sede carioca da TV Tupi, que ali funcionou até julho de 1980. Seguiram-se anos de abandono até que, em 2014, o Instituto Europeo di Design (IED) assumiu o edifício.