Por que a Praia do Flamengo (ou Catete) tem estado própria para banho
Nova estação elevatória de esgoto e desvio do Rio Carioca para o interceptor oceânico são, segundo Águas do Rio, responsáveis por melhora na balneabilidade
Aprovada para banho pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) pelo terceiro relatório de balneabilidade consecutivo, a Praia do Flamengo (ou do Catete, para os locais mais descolados) está com tudo entre os frequentadores, que levantam as mãos para os céus depois de muitos anos. Segundo a concessionária Águas do Rio, no entanto, a possibilidade de mergulhar sem riscos por ali não é milagre, mas fruto de muito trabalho e investimento.
+ Praia do Catete? Com águas limpas, trecho vira queridinho de descolados
“Isso se deve a um trabalho consistente na área de esgotamento sanitário na região, com a instalação de uma estação elevatória de esgoto na Praça do Índio e com o desvio do Rio Carioca para dentro do interceptor oceânico, evitando que cerca de 20 milhões de litros de água contaminada com esgoto fossem despejados diretamente na Praia do Flamengo, diz Sinval Andrade, superintendente da Águas do Rio na capital. Ele acrescenta que a desobstrução do interceptor oceânico, de onde foram tiradas duas mil toneladas de resíduos, também ajudou, fazendo com que esse grande túnel que leva todo o esgoto da Zona Sul até o emissário de Ipanema pudesse funcionar normalmente.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Além disso, de acordo com Sinval, foi intensificada a fiscalização dos lançamentos irregulares de esgoto dos prédios e restaurantes ao longo do Rio Carioca, assim como a inspeção da própria rede antiga da concessionária que, muitas vezes quebrada, joga esgoto para dentro do rio. “Consertando todo este sistema poderemos em breve devolver aos cariocas o rio de volta a sua foz limpinho, como todos merecem”, afirma o superintendente.