Lazer na praça
Para passear, levar as crianças, fazer feira, praticar esportes ou até tomar aquela cerveja gelada. Cada uma com sua vocação, as praças cariocas são a maior diversão. Veja o que curtir em dez delas
Praça Edmundo Bitencourt, no Bairro Peixoto
Situada logo acima da Tonelero, no miolo de Copacabana, a tranquila pracinha do Bairro Peixoto confere à região uma deliciosa atmosfera de cidade do interior. Com direito a chafariz, o recanto arborizado contrasta com as movimentadas ruas vizinhas, como a Barata Ribeiro e a Siqueira Campos. Semanalmente, às quartas, é dia de feira livre, e todo terceiro sábado do mês o local sedia campanhas de adoção de animais.
Praça General Osório, em Ipanema
Além de ponto final da linha 1 do metrô, o quadrilátero é o ponto fixo de uma atração turística que já é tradição do bairro: a feirinha hippie de Ipanema. Todo domingo, desde 1968, o grande mercado ao ar livre toma conta do espaço do primeiro quarteirão entre a Visconde de Pirajá e a Prudente de Morais. De 7 da manhã às 19 horas, expositores vendem artesanato, roupas, acessórios, peças de arte, entre outros trabalhos criativos. Quem nunca arrematou pequenos achados por lá?
Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema
Ela está no coração de Ipanema. Entre a Visconde de Pirajá e a Barão da Torre, na altura da Rua Joana Angélica, o carioca pode passear por extensos jardins, descansar sob a sombra de mais de trezentas árvores, sentar nos bancos, brincar no parquinho ou contemplar um pequeno lago. Opção de lazer ao ar livre em um dos pontos mais nobres da cidade, a área verde foi alvo recente de uma grande polêmica: a construção de uma estação de metrô na praça, prevista no projeto da linha 4. Principais beneficiários do espaço, moradores protestaram e produziram um abaixo assinado contra a decisão. Em maio, o metrô informou que os acessos à estação ficarão do lado de fora da grade que cerca o espaço, e que apenas 2% de sua área serão ocupados pelo novo transporte.
Praça do Ó, na Barra
À beira-mar, no posto 3 da Avenida Sernambetiba, a ampla área de lazer tem parquinho, quadra esportiva e espaço de sobra para a garotada brincar. Os esportes radicais também têm vez: a praça, que conta com uma pista para os skatistas, tomou o lugar do Parque dos Patins, na Lagoa, e sediou pela primeira vez, em fevereiro deste ano, o Mundial de Skate Vertical. Aos domingos, um programinha família toma conta do lugar: é a feira da praça do Ó, que reúne artesanato, acessórios, moda, beleza e muito mais, de 8 da manhã às 18 horas. O evento só não acontece em caso de chuva.
Praça Paris, na Glória
Exemplar inspirado no charme dos grandes jardins da capital francesa, a praça Paris, na região central da cidade, há tempos andava abandonada. E após vinte anos sem reformas, ela acaba de ser revitalizada: teve quinze monumentos restaurados, ganhou um painel que mostra o histórico do local, um mapa das obras de arte ali presentes e um novo plantio de 55 mil lírios amarelos. Em estilo clássico francês, a praça é um dos maiores e mais belos jardins públicos do país. Projetada pelo arquiteto Arquimedes José da Silva e inspirada no trabalho do paisagista Alfred Agache, começou a ser construída na década de 20, seguindo padrões estéticos europeus. A renovação no cenário é um convite aos cariocas, que certamente vão apreciar praticar exercícios, passear e sentir um gostinho da atmosfera parisiense em plena Glória.
Praça Pio XI, no Jardim Botânico
No encontro entre as ruas Oliveira Rocha e Conde Afonso Celso, a simpática pracinha é o point dos pequenos no Jardim Botânico. À sombra das árvores, eles podem brincar no parquinho, aproveitar o espaço e até pular carnaval: em fevereiro, antes mesmo da festa começar, o bloco da Pracinha agita os pequenos foliões. Tudo no clima familiar e sem tumulto, já que o gritinho de carnaval dos frequentadores da praça segue o estilo ?concentra, mas não sai?.
Praça Santos Dumont, na Gávea
O lugar é uma espécie de extensão do Baixo Gávea. A vocação da praça, no entanto, não se restringe à de mera coadjuvante de um dos principais points boêmios da Zona Sul. Desde 1997, sedia a Feira de Antiguidades da Gávea, realizada aos domingos, de 9 às 17 horas, pela Associação Brasileira de Antiquários (ABA). À venda, tapetes persas, porcelanas, prataria, quadros e objetos de época. A praça também é lugar cativo dos foliões cariocas: no carnaval, é ali que se concentram blocos como o Escangalha e Me Beija que eu Sou Cineasta, entre outros.
Praça São Salvador, em Laranjeiras
Nas noites de sexta e sábado, rodas de samba. Aos domingos, pela manhã, chorinho no coreto, organizado pelos alunos da Escola Portátil de Música desde 2007. Se um dia a praça São Salvador era um canto abandonado, mal iluminado e pouco frequentado, hoje o lugar em nada lembra os tempos passados. O pontapé para a revitalização veio em 2004, quando o bloco Bagunça meu Coreto começou a animar e reunir a vizinhança no local. Hoje, a juventude boêmia carioca bate ponto nas muretas da pracinha e, movida à boa cerveja de garrafa, aquece o movimento nos bares do entorno.
Praça Tiradentes, no Centro
Novos empreendimentos deram, no ano passado, um novo fôlego à praça e ao seu entorno. O movimento foi desencadeado pela revitalização da região, que ficou mais limpa e segura. A reforma, orçada em 3 milhões de reais, restaurou o calçamento e recuperou os postes de época. Duas grandes mudanças foram a retirada do antigo gradil da praça e a instalação de 130 novos pontos de luz, o que diminuiu a insegurança no local. Veja aqui bons motivos para você visitar a nova Praça Tiradentes.
Praça Xavier de Brito, na Tijuca
Margeada pela Avenida Maracanã, na Tijuca, ela conserva cenários típicos de uma praça de bairro: idosos jogando xadrez, crianças brincando, famílias passeando. No centro da praça, um enorme chafariz enfeita o local. A peça, em bronze, foi feita na França para uma cidade europeia e veio parar no Brasil, sendo inaugurado em 1960. Nos fins de semana, é possível alugar charretes e cavalos para crianças e adultos ? eis a razão pela qual ela também é conhecida como Praça dos Cavalinhos.