Invasão dos livros: posto da PM é transformado em biblioteca comunitária
Desativado pela polícia, o espaço foi transformado durante a pandemia para promover cultura e lazer na comunidade de Antares, Zona Oeste do Rio
Um posto desativado da Polícia Militar na comunidade de Antares, Zona Oeste do Rio, foi a oportunidade que o escritor Jessé Andarilho, criado no local, encontrou para criar um espaço comunitário de incentivo à leitura.
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Com mais de 10 000 livros de diferentes gêneros literários, a Biblioteca Marginow foi criada durante a pandemia da Covid-19 para promover iniciativas culturais e de lazer. Marcado durante muito tempo por intensos tiroteios, o local agora recebe atividades que promovem a música, a dança e o esporte.
“A ideia surgiu porque durante a pandemia as pessoas diziam ‘fique em casa’ e ‘trabalhe em home office’, mas eu sabia que as pessoas aqui da favela onde eu morava nem televisão tinham. Então, a gente teve uma ideia de fazer uma biblioteca, usando a parte externa do posto, que é bem arejada”, conta Jesse.
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O objetivo do projeto é continuar levando arte e cultura principalmente para as crianças da comunidade, incentivando novos talentos artísticos da periferia. “Muitas delas pegam os livros para ler em casa e é gratificante saber que a semente do conhecimento está sendo plantada”, comenta a voluntária Mila Pedrazza.
O projeto ainda abriga o Polo Cinematográfico de Antares (POCA) e conta com o Estúdio Marginow, que produz e compartilha no YouTube clipes de poesias, rap, funk, e outros.
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Para manter a iniciativa, a Biblioteca Marginow recebe doações de livros e de outros recursos. Os interessados em contribuir com o projeto podem entrar em contato através dos perfis no instagram @bibliotecamarginow ou @marginowoficial.
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