Por que a prefeitura quer trocar BRT por VLT em alguns trechos

Intenção é que troca seja licitada até meados de 2025; estudo do BNDES indica que mudança deve exigir R$ 12 bilhões

Por Da Redação
12 dez 2024, 15h40
Nova linha do VLT carioca
VLT: capacidade para 35 mil passageiros por hora e sentido. (Alex Ferro/Divulgação)
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A prefeitura do Rio planeja lançar em 2025 a licitação para substituir os ônibus do sistema BRT por Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Os corredores do BRT Transcarioca (Alvorada – Galeão) e BRT Transoeste (Jardim Oceânico – Campo Grande/Santa Cruz) estão no foco da mudança. Segundo estudos do BNDES concluidos neste mês, para trocar os ônibus articulados de ambos pelo novo sistema vai exigir R$ 12 bilhões.

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Segundo informações divulgadas pela Rádio CBN, a prefeitura já dispõe também de uma análise aprofundada dos benefícios que a troca dos sistemas irá trazer. A viabilidade do projeto considera, por exemplo, que é possível instalar trilhos sobre a pista onde circulam os BRTs e lista as estações que precisarão ser adaptadas para o veículo sobre trilhos.

Os corredores de ônibus convencionais podem transportar até 15 mil passageiros por hora em cada sentido, com duas faixas. Mas sistemas mais robustos, como o BRT de Bogotá, chegam a 45 mil passageiros por hora e sentido. Já o VLT possui uma capacidade intermediária, com cerca de 35 mil passageiros por hora e sentido. Segundo Gustavo Guerrante, presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o BRT já tem uma demanda conhecida, e pesquisas mostram que há um grupo novo de passageiros: com o VLT, quem não usa o sistema de ônibus tende a aderir ao sistema. Atualmente, os corredores transportam cerca de 420 mil passageiros por dia, mas a expectativa é que esse número aumente para 500 mil com a implementação do VLT, tornando os eixos de transporte mais atrativos e eficazes para a população carioca.

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Até meados do ano que vem a CCPAR pretende terminar estudos sobre a mudança no sistema e avançar para as fases de consulta e audiência pública, onde moradores das áreas atravessadas pelos dois BRTs irão contribuir com o projeto. A prefeitura também fará um “road show” para apresentar o projeto para investidores do exterior. Entre as alternativas para conseguir os R$ 12 bilhões para custear as obras, a prefeitura avalia buscar recursos junto ao PAC Mobilidade, programa do governo federal para obras de transporte, empresas estrangeiras, financiamentos com bancos transnacionais e investimentos próprios.

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