Por que mais de 11 milhões de pessoas podem ficar sem água esta semana
Presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) diz que uma sabotagem não está descartada
Um despejo volumoso de substância detergente no Rio Guandu fez a Cedae interromper na manhã desta segunda (28) o abastecimento de água na Estação de Tratamento (ETA) Guandu, que atende 13 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio.
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A substância de origem desconhecida, até o início da tarde desta segunda-feira, formou vários focos de espuma branca sobre as águas, e a companhia decidiu fechar a captação das piscinas de filtragem, desviando a água suja para as comportas da descarga, para garantir a segurança da população.
A expectativa é retomar a captação no fim do dia, se os níveis do contaminante continuarem caindo. Há ainda um prazo de 72 horas para que a água tratada chegue normalmente a todos os pontos.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foi notificado, assim como as concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões atendidas pelo Sistema Guandu. Phelipe Campelo, presidente do Inea, disse que o despejo é um crime ambiental. “Não descantamos sabotagem. Só vamos cessar as investigações quando localizarmos quem fez esse lançamento criminoso”, afirmou.