Por que a ex-governadora Rosinha Garotinho virou alvo da Polícia Federal
Os agentes da Polícia Federal cumprem 18 mandados de busca e apreensão, e estiveram na casa onde ela mora com Anthony Garotinho
Rosinha Garotinho está envolvida em suspeitas de corrupção e no alvo da Polícia Federal. A ex-governadora do Rio a ex-prefeita de Campos dos Goytacazes é investigada por fraude na previdência do município do Norte Fluminense. A Operação Rebote apura movimentações suspeitas em fundos, e investimentos de alto risco com baixo retorno, em 2016.
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A PF investiga um rombo de R$ 383 milhões na PreviCampos, instituto de previdência dos servidores do município norte-fluminense. Segundo a Rede Globo, os agentes cumprem 18 mandados de busca e apreensão no município do Rio, em Campos dos Goytacazes, Santos (SP) e São Paulo. A casa de Rosinha e do marido, Anthony Garotinho, também ex-governador do Rio, no bairro da Lapa, em Campos, foi um dos endereços alvo da operação.
Por volta das 10h, o casal fez uma live no perfil de Anthony no Instagram para falar sobre a operação. Eles contaram que os agentes chegaram à casa por volta das 6h. Nas buscas, levaram um laptop e alguns pendrives, no qual, segundo eles, não tinha material algum sobre os investimentos da PreviCampos, mas sim músicas e receitas.
“O autor desta denúncia é o ex-prefeito de Campos, Rafael Diniz. E qual é a denúncia que ele fez? Rosângela Rosinha Garotinho, conforme elementos apurados, era prefeita de Campos na época dos fatos e nesta qualidade foi responsável por indicar gestores e membros do comitê da PreviCampos, todos aparentemente sem qualquer conhecimento sobre investimento para os exercícios das funções. Não existe crime de indicar incompetente. Isso é um absurdo“, questionou Anthony Garotinho.
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Em fevereiro de 2021, o Tribunal de Contas do Rio identificou irregularidades em aplicações financeiras realizadas pelo PreviCampos. Segundo o tribunal, de agosto a dezembro de 2016 foram investidos R$ 512 milhões em 11 fundos de investimentos “em total descompasso com a legislação previdenciária e com as resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN)”. Na época, foi calculado o dano ao erário de cerca de R$ 312,5 milhões.