Continua após publicidade

Policiais que abordaram jovens negros em Ipanema viram réus na Justiça

Três adolescentes negros, abordados com truculência pelos agentes em julho, eram filhos de diplomatas

Por Da Redação
Atualizado em 10 set 2024, 17h50 - Publicado em 10 set 2024, 17h48
policias-abordam-jovens, negros-filhos-embaixadores-em-ipanema
Racismo: PMs desceram com as armas em punho e obrigaram adolescentes negros e filhos de diplomatas a encostar na parede para revista (Redes sociais/Reprodução)
Continua após publicidade

Dois policiais militares que abordaram cinco adolescentes, sendo três deles negros e filhos de diplomatas, em Ipanema no início de julho vão responder por ameaça e constrangimento ilegal.

A decisão é do juiz Leonardo Rodrigues da Silva Picanco. Ele aceitou a denúncia contra os sargentos Luiz Felipe dos Santos Gomes e Sergio Regattieri Fernandes Marinho.

Na ocasião, os PMs desceram do carro com arma em punho, na Rua Prudente de Moraes, endereço nobre da Zona Sul carioca.

Eles, então, encostam os jovens no muro de um prédio e começam a revistá-los. À época, a abordagem provocou um incidente diplomático e o Itamaraty teve de pedir desculpas às famílias dos meninos.

O Ministério Público afirma que não houve racismo, já que, em depoimento, os adolescentes disseram que os agentes não proferiram palavras discriminatórias. “Diante do conjunto probatório, muito embora não tenha elementos para denunciar o crime de racismo, do ponto de vista da prova, para o MP há elementos para denunciar o crime de constrangimento ilegal e ameaça”, disse o promotor Paulo Roberto Mello Cunha à TV Globo.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

O promotor ainda explicou ao jornal RJ2 que o crime de ameaça se deu porque os adolescentes contaram que um dos PMs afirmou que eles “não deveriam sair de casa nesse horário e que, na próxima revista, poderia ser pior”.

Raquel Fuzaro, a advogada que representa as famílias dos adolescentes, houve, sim, crime de racismo, e não apenas ameaça e constrangimento ilegal.

A Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da corporação ainda não foi notificada da denúncia contra os agentes e que o procedimento interno sobre o caso está em andamento.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.