Polícia investiga se ex-mulher de Luiz Henrique está envolvida em extorsão
Jogador do Botafogo recebeu mensagens com ameaças de que, caso não pagasse R$ 20 mil, vídeos com imagens íntimas suas seriam divulgados
A Polícia Civil do Rio investiga o envolvimento de pessoas próximas ao jogador Luiz Henrique, um dos heróis da conquista da Libertadores da América pelo Botafogo, no último sábado (30), no crime de extorsão contra o jogador. Na sexta (29), uma prima da ex-mulher do camisa 7 do Glorioso foi presa por tentar extorqui-lo, sob ameaça de divulgar vídeos íntimos seus. Em mensagens pelo WhatsApp, Raissa Cândida da Rocha pedia R$ 20 mil para não postá-los. Agora, a Delegacia Antissequestro apura a participação de Ana Carolina Andrade, de quem o atleta se separou recentemente, e de seu ex-treinador e empresário, Johnny Max, no crime. Outras pessoas, que não tiveram os nomes divulgados, teriam cedido contas bancárias para o recebimento do dinheiro proveniente da extorsão.
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“Há fortes indícios que estejam envolvidos o nacional Johnny Max, que é um ex-empresário e treinados do Luiz Henrique, a Ana Carolina Andrade, que é a ex-mulher do Luiz Henrique, e outros supostos envolvidos que participariam do lucro financeiro”, disse o delegado Carlos Eduardo Rangel ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Indiciada pelo crime de extorsão e presa em flagrante, Raissa, de 26 anos, confessou o crime e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça na audiência de custódia. De acordo com a polícia, a denúncia foi feita pela SAF do Botafogo no fim de setembro, e a Delegacia Antissequestro (DAS) iniciou as investigações. As ameaças começaram às vésperas do jogo contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro, quando um homem chegou a pedir R$ 40 mil para não divulgar o material. As mensagens foram enviadas de um aparelho que, supostamente, pertencia a Johnny Max, que chegou a prestar depoimento, negou as acusações e foi liberado. No inquérito, ele segue investigado. Em nota, o empresário alega inocência e diz que já prestou esclarecimentos. “Acrescenta-se que, de imediato ao comparecimento em delegacia, o delegado responsável pelo caso descartou qualquer envolvimento do ex-empresário do jogador, nos fatos apurados”, diz o comunicado enviado ao Grupo Globo.
No fim da manhã da última quinta (29), Luiz Henrique estava na concentração para o jogo final da Libertadores, em Buenos Aires, quando voltou a receber ameaças. As mensagens diziam que, se não fizesse um PIX de R$ 20 mil, as imagens e outras mensagens seriam colocadas nas redes sociais. “Estava preparando aqui para publicar. Vai pagar pela exclusão dos conteúdos?”, pergunta Raíssa, que chega a enviar a chave para a transferência. “Não demora pra fazer, jogador. Desistiu?”, e tenta ligar para o atleta. Luiz Henrique afirma que estava treinando e já faria o pagamento. A mulher aguarda 20 minutos e diz que não pode mais esperar, porque estava sendo “cobrada”.
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Na manhã de sexta (29), uma ação foi desencadeada para prender Raíssa em sua casa, em Duque de Caxias. As investigações seguem em sigilo absoluto para identificação e prisão dos demais suspeitos envolvidos na organização criminosa. A assessoria de imprensa de Luiz Henrique informou à CNN que os vídeos não foram vistos ou confirmados pela polícia até o momento. Segundo a assessoria, “Luiz Henrique está focado no próximo desafio, pelo Brasileirão, feliz com seu momento profissional e pessoal”. Raíssa e Ana Carolina ainda não se manifestaram.