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Polícia Civil tenta identificar ‘justiceiros’ que têm atuado em Copacabana

Integrantes de grupos de Whatsapp articulam vingança contra casos de agressão no bairro e planejam "caçar" suspeitos

Por Redação
6 dez 2023, 13h41
Os "justiceiros" de Copacabana: integrantes articulam ataques a bandos de criminosos pelo Whatsapp (./Reprodução)
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Com a alta no número de roubos e furtos em Copacabana, além da ocorrência de episódios violentos nas últimas semanas, grupos de “justiceiros” voltaram a se articular no bairro. Moradores locais têm usado grupos de WhatsApp para se unir e “caçar” criminosos na região. A Polícia Civil informou, em nota, que já tomou conhecimento da situação e que diligências estão em andamento para que os envolvidos sejam identificados.

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Vídeos que circulam nas redes sociais são analisados pelos delegados da 12ªDP (Copacabana) e 13ªDP (Ipanema) para encontrar os suspeitos. Fazer “justiça com as próprias mãos” configura em crime previsto no artigo 345 do Código Penal Brasileiro.

No Whatsapp, integrantes participam de conversas exibindo armas que vão utilizar para atacar o “coreto”, termo usado para identificar grupos de menores infratores. Soco-inglês, pedaços de pau e até ‘retaguarda de peça” – pessoas armadas para dar cobertura – são mostrados e citados nas mensagens, que foram acessadas pelo portal G1. É ordenado também que os integrantes usem roupa preta, escondam tatuagem e levem máscaras para esconder o rosto durante as ações.

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“Eu vou partir assim [com soco-inglês], quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa”, disse um integrante do grupo União dos Crias, planejando vingança contra o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que desmaiou após levar socos e chutes na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ao tentar defender a personal trainer Natália Silva.

Outras formas de ataque aos suspeitos são debatidos pelos integrantes. “To pensando em levar umas cordas e fita crepe também. Deixar esses vermes pelados na pista, amarrar uns no poste de exemplo e ‘crepar’ outros iguais múmia”, escreveu um participante. “É perder muito tempo isso, tem que arrebentar e sair saindo”, sugeriu outro.

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Nas redes sociais, um professor de jiu-jítsu com 109.000 seguidores, Fernando Pinduka, também compartilhou sua “intenção de organizar uma possível força-tarefa para neutralizar esses meliantes em defesa da tranquilidade do bairro”. Em postagem, ele defende que outras academias e lutadores da localidade abracem o “projeto de limpeza em Copacabana”.

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“Mestre Pinduca, o seu chamado é uma ordem, já estou articulando por aqui, para saber como podemos fazer esse movimento acontecer”, respondeu um dos seguidores que toparam a ideia. Nos comentários, o instrutor defende não estar estimulando a violência, mas uma maneira de “proteger à nós mesmos, nossos familiares e as pessoas de bem que estão sendo humilhadas nas ruas”.

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