Polícia apreende bens de bicheiro da Mocidade em restaurante de Ipanema

Investigações indicam que cerca de R$ 42 milhões do patrimônio de Rogério Andrade são de origem ilícita e a exploração de jogos de azar

Por Redação
10 fev 2023, 12h23
Gajos D'Ouro: policiais retiraram obras de arte das paredes do restaurante
Gajos D'Ouro: policiais retiraram obras de arte das paredes do restaurante (//Reprodução)
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Após as investigações indicando que cerca de R$ 42 milhões do patrimônio do contraventor Rogério Andrade são decorrentes da exploração de jogos de azar, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio deflagraram, nesta sexta (10), a Operação Pequod, com o objetivo do sequestro de bens de Rogério. O restaurante português de luxo Gajos D’Ouro, na Rua Aníbal de Mendonça, em Ipanema, foi um dos alvos das buscas, já que o bicheiro é um dos donos. A indícios de que o contraventor lava dinheiro do do jogo do bicho, máquinas de caça-niqueis e bingos em empresas legalizadas.

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O sequestro de bens como iates e carros de luxo foi determinado pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio, além de buscas em 26 endereços como o apartamento de Rogério na Barra, uma casa em Angra dos Reis, uma fazenda na Bahia, o restaurante Gajos D’Ouro, e a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel.

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Através da comparação da análise de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com valores declarados à Receita Federal pelo contraventor e 10 cúmplices, a investigação constatou que, dos R$ 42 milhões de Rogério, R$ 19 milhões são de origem ilícita, segundo o jornal O Globo. Há indícios de que os R$ 23 milhões restantes sejam oriundos dos jogos de azar.

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Foram identificadas duas empresas de fachada: Planet Boat e Rai Holding. Além de Rogério Andrade, as investigações apontaram seu filho Gustavo Andrade, que está preso, como um dos suspeitos. Em agosto de 2022, Rogério e filho foram presos em flagrante num condomínio em Petrópolis, na Região Serrana, com a polícia encontrando anotações referentes a pagamentos feitos a policiais. O bicheiro ficou preso por quatro meses preso, e saiu com medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, sem poder sair do país ou ficar na rua entre 20h e 6h.

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