Polêmica no samba: fantasia que representa Macunaíma é considerada racista
Portela decide mudá-la após personalidades como a cantora Teresa Cristina e representantes do movimento negro dizerem que boneco lembra um 'black face'
Considerada uma “aberração” pela cantora Teresa Cristina, uma das muitas críticas que recebeu pela internet, uma fantasia que a Portela preparava para o carnaval 2023, ano de seu centenário, acabou tendo que ser mudada pela escola. A representação do personagem Macunaíma, do autor Mario de Andrade, de 1928 – que teria um chapéu em que um boneco apareceria com rosto e braços pretos, mas mãos e lábios brancos – foi entendida como racista, estereotipada e preconceituosa.
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“Tô com dificuldade de elaborar meu pensamento sobre essa aberração”, manifestou-se Teresa Cristina no Twitter.
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“Tem certas coisas que não cabe mais aceitar“, escreveu a internauta Aline Lima na rede social. “No ano de seu centenário, a marca Portela deveria passar por uma construção fortalecida, mas os carnavalescos não estão permitindo. Lamento pela escola”, acrescentou ela, referindo-se à dupla de carnavalescos Márcia e Renato Lage. Outro internauta, Lineker Oliveira, também manifestou posição semelhante: “Esse boneco não só passa muito longe em representar Macunaíma, como evoca uma memória torpe e muito cruel dos signos racistas dos EUA no início do século”.