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Pesquisadores da UERJ descobrem fóssil de nova espécie de crocodilo

Os achados da pesquisa, feita em parceria também com o Museu Nacional, foram levados para compor o acervo da Faculdade de Formação de Professores

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 jun 2021, 18h07 - Publicado em 21 jun 2021, 16h35

O acervo da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, foi ampliado com a chegada de dois fósseis de uma espécie de crocodilo que data de milhões de anos.

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Os esqueletos foram encontrados em um projeto desenvolvido por pesquisadores da universidade em parceria com outros colegas do Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ), além da Universidade Federal do Acre e da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A descoberta foi publicada na revista científica Anais da Academia Brasileira de Ciências, na quarta (16).

Os achados no município de Álvares Machado, no sudoeste de São Paulo, incluem dentes, ossos do crânio e pós-crânio provenientes das rochas da Formação Araçatuba (Grupo Bauru). Os esqueletos, que estavam próximos um do outro, pertencem à idade geológica conhecida como Turoniano, que varia entre 93 milhões a 89 milhões de anos (a.c).

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A nova espécie foi batizada de Coronelsuchus civali. O primeiro nome significa “crocodilo de Coronel”, em uma referência ao distrito de Coronel Goulart do município de Álvares Machado, onde foi coletado. Já civali é uma homenagem ao dono da propriedade onde os fósseis foram encontrados, que se chama Cival.

Na avaliação dos pesquisadores, o animal tido como uma “forma mais primitiva” da família Sphagesauria do grupo Notosuchia, viveu às margens de um lago imenso e raso, também habitado por moluscos, peixes, tartarugas e crocodilos de outras famílias.

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O espécime encontrado tem diferenças na dentição e podia se alimentar de carcaças, de insetos, moluscos, ovos de tartarugas e até consumir vegetais. Outra característica é que era mais ereto e se movimentava com maior distância do chão, da que se verifica nos crocodilos que conhecemos atualmente.

Para os pesquisadores, os achados ajudam a compreender as relações de parentesco entre várias espécies de crocodilos fósseis da era Mesozoica do período de tempo geológico Cretáceo Superior, que corresponde entre 145 milhões a 65 milhões de anos (a.c), de alguns estados brasileiros.

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De acordo com o geólogo Felipe Medeiros, o grupo começou a realizar uma série de expedições àquela região em 2015, fez a coleta dos primeiros esqueletos do Coronelsuchus. Os outros materiais de dinossauros, peixes e tartarugas recolhidos no mesmo local não foram relatados no artigo publicado, o que deve ocorrer em outra publicação.

Por causa da pandemia, os pesquisadores tiveram que deixar de viajar ao local para encontrar mais materiais nas escavações. Enquanto isso, os estudos avançam nos laboratórios.

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Os pesquisadores Felipe Medeiros e André Pinheiro destacaram que o projeto recebeu recursos de uma bolsa do CNPq e que a descoberta do Coronelsuchus civali é importante diante das dificuldades de liberações de recursos para as pesquisas científicas. “Em um momento de fomentos escassos e em que a ciência não está favorecida, a gente é favorecido, o que possibilitou as novas escavações”, afirma o coordenador André Pinheiro.

Participaram também das descobertas os pesquisadores Lucy de Souza (UFAC/MUSA),Kamila Bandeira, Renato Ramos e Arthur Brum do Museu Nacional (MN/UFRJ), Paulo Victor Luiz Pereira e Luís Otávio de Castro (UFRJ Fundão).

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