Patrimônio: Teatro Tablado é tombado no ano em que completa 70 anos
Escola de teatro que já formou mais de cinco mil profissionais recebe reconhecimento cem anos após nascimento de sua fundadora, Maria Clara Machado
No ano em que faz 70 anos e que sua fundadora, Maria Clara Machado, completaria cem anos, o Teatro Tablado acaba de se tornar o Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta quinta-feira (4) seu tombamento. Desde 1951, a escola de teatro já formou mais de cinco mil profissionais em artes cênicas.
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“A importância do Teatro Tablado para a cultura do país é imensurável. E ainda temos a sorte de tê-lo em nosso estado. O Tablado é também um símbolo de resistência, porque conseguiu consolidar-se como uma das marcas da nossa cultura, cada vez mais relegada a segundo plano”, diz o deputado Noel de Carvalho, autor do projeto de lei 4.301/21, que tomba o espaço responsável por revelar talentos como Marieta Severo, Claudia Abreu, Malu Mader, Andréa Beltrão, Enrique Diaz, Marcelo Adnet e tantos outros.
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O Tablado – que começou como um teatro amador, com um palco rudimentar e com número insuficiente de cadeiras, em uma sala cedida pelo Patronato Operário da Gávea, obra social em atividade até hoje – tornou-se uma das maiores escolas de teatro do Brasil. E destacou-se por peças infantis, a maioria com textos e montagens de sua criadora, que são até hoje encenados, como Pluft, o fantasminha, A bruxinha que era boa, O cavalinho azul e Tribobó City. Maria Clara Machado gerenciou todas as aulas até sua morte, em 2001. Depois de uma reforma que durou quase seis meses, o teatro reabriu as portas ao público em julho de 2008.