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Parque das Ruínas é rebatizado para homenagear jornalista Glória Maria

Decreto publicado nesta quinta (20) reconhece o legado da jornalista carioca. Moradores de Santa Teresa questionam a decisão da prefeitura

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 jul 2023, 12h42
Foto mostra vista do Parque das Ruínas
Parque das Ruínas: decreto muda nome de espaço icônico (Alexandre Macieira/Riotur)
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O Parque das Ruínas, famoso espaço cultural de Santa Teresa, agora terá um novo nome: Parque Glória Maria, em homenagem a um dos grandes símbolos do jornalismo brasileiro, que morreu em fevereiro de 2023.

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A medida foi oficializada por um decreto publicado nesta quinta (20). No texto, a prefeitura reconhece o legado da jornalista carioca e sua contribuição ao ter inspirado uma geração de mulheres negras. Ao longo da sua carreira, que começou em 1970 na Rede Globo, a jornalista e apresentadora entrevistou grandes nomes da cultura e da política, além de ter vivido aventuras em visitas a mais de 160 países.

Agora, seu nome fica eternizado no parque situado na Rua Murtinho Nobre, conhecido por ter uma das vistas mais bonitas da cidade. O Centro Cultural Parque das Ruínas já foi a casa de Laurinda Santos Lobo, grande mecenas da Belle Époque carioca, que costumava reunir intelectuais e artistas nas dependências do palacete.

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O espaço projetado pelo arquiteto Ernani Freire conta hoje com uma intensa programação cultural, incluindo atrações como teatro, exposições, atividades infantis, apresentações de circo e música, e uma cafeteria local que oferece café da manhã.

Repercussão na vizinhança

A decisão da prefeitura, no entanto, foi questionada por moradores da região. A vizinhança alega que não entende a ligação da jornalista com o parque ou com o bairro para que houvesse a troca de nome.

“Não temos nada contra a Glória Maria, uma mulher incrível, mas que também poderia dar nome a um espaço em Copa, na Gávea, onde ela morava. Tivemos como vizinhos do parque pessoas incríveis como a Nise da Silveira, Ribeiro Couto, e Manuel Bandeira. Aqui era a Pasárgada dele, que escreveu o poema olhando a Baía aqui da rua”, cita Gabriela Galvão, vizinha do Parque das Ruínas desde que nasceu.

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Pessoas que vivem na região citam outros nomes que poderiam ser dados ao parque, como o da própria Laurinda Santos Lobo. “A prefeitura poderia promover uma enquete entre os moradores, de repente”, sugere a moradora.

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