Fora da prisão, Oruam passa a usar tornozeleira eletrônica
Após sair do presídio fantasiado de Homem-Aranha, rapper compartilhou o novo acessório nas redes, que faz parte das medidas cautelares definidas pela justiça

Vestindo uma máscara do Homem-Aranha e sentado no capô de um carro, de maneira que fosse visto acima, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, saiu da prisão nesta segunda (29). As vestes foram aplaudidas por uma plateia que o aguardava em êxtase na porta da Penitenciária Serrano Neves, em Bangu.
O rapper, mais conhecido como Oruam, foi, no dia seguinte, terça (30), à Secretaria de Administração Penitensiária para colocar uma tornozeleira eletrônica. Em seguida, aproveitou para postar um vídeo onde mostrava o novo acessório, novamente munido por uma máscara do “amigão da vizinhança”.
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Na postagem ele cantava de improviso: “Eu tava na prisão, muitos lembraram de mim, muitos choraram. Lágrimas de crocodilo não entram no céu e na TV disseram que eu era bandido, vi que meu pai estava triste comigo. Deus, perdão esse pecado meu”.
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O rapper, de 25 anos, — responsável por hits como Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim e Horas Iguais, que juntas acumulam quase 350 milhões de streams no Spotify — é filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho (CV), e sobrinho do Elias Maluco, assassino do jornalista Tim Lopes, — ligações que faz questão de manter, visto que tem o rosto dos dois membros da facção gravados no corpo como tatuagens.
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Oruam estava encarcerado desde 22 de julho. A defesa do rapper obteve uma liminar que revogou a prisão preventiva na última sexta (26), no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Até o julgamento definitivo, o artista responde em liberdade. Ele foi indiciado por 7 crimes — tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
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Com a soltura surgiram novas medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo; manutenção de residência fixa na comarca, com endereço e telefone atualizados; proibição de acesso ao Complexo do Alemão e a outras áreas classificadas como de risco pela Corregedoria; proibição de contato e aproximação, em um raio de 500 metros, dos demais acusados e de um adolescente citado no processo; proibição de deixar a comarca por mais de sete dias sem autorização judicial; recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h; uso de tornozeleira eletrônica, com monitoramento pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).