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Operação mira rede de farmácias usada para lavar dinheiro de milícia

Grupo teria movimentado cerca de R$ 50 milhões entre 2019 e 2023, valor considerado incompatível com seu porte e suas atividades

Por Da Redação
26 nov 2024, 14h16
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Operação Hígia: agentes investigam rede de farmácias que estaria sendo usada para lavar dinheiro da milícia  (Polícia Civil/Reprodução)
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Um esquema de lavagem de dinheiro operado por responsáveis por uma rede de farmácias que atuam em áreas controladas pela milícia Liga da Justiça, na Zona Oeste, foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta terça (26). Segundo as investigações, os investigados teriam movimentado cerca de R$ 50 milhões entre 2019 e 2023, valor considerado incompatível com a natureza e o tamanho da atividade comercial.

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“O que chamou a atenção foi a utilização de laranjas para abertura de algumas unidades, pessoas que não têm a menor capacidade financeira para ostentar esse tipo de sociedade, bem como relato de funcionários de conselhos de fiscalização, como Conselho Regional de Farmácia, que sofreu ameaça de milicianos ao efetuarem fiscalização em unidades dessa rede”, explicou o delegado Renan Mello, da Delegacia de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

A Operação Hígia, conduzida pela DCOC-LD, cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos, principalmente na Zona Oeste. Um deles foi em um condomínio de luxo na Estrada da Cachamorra, em Campo Grande. O objetivo da ação é reunir provas que contribuam para aprofundar as investigações e desestruturar o esquema de lavagem de dinheiro que estaria ligado à rede Cumani, cortando o suporte financeiro da milícia. A Polícia Civil também busca a responsabilização dos envolvidos e a prisão dos líderes da organização criminosa.

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Em nota, a rede de farmácias Cumani repudiou as acusações que considera infundadas e difamatórias. Segundo o comunicado, não há acusações formais contra o Grupo Cumani ou seus diretores, e nenhum membro da direção foi chamado para depor.”Essas acusações são fruto de especulações e investigações sem comprovação, que prejudicam nossa reputação e honra”, diz a nota. O grupo reafirmou seu compromisso com a ética, a transparência e a legalidade, além de sua dedicação à saúde e bem-estar dos clientes, destacando “confiança na Justiça brasileira”. E exigiu uma apuração rigorosa para identificar os responsáveis pelas supostas calúnias.

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