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Como foi organizada a megaoperação contra o Comando Vermelho

De acordo com o governo do estado, a operação foi deflagrada após mais de um ano de investigação e sessenta dias de planejamento

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2025, 18h32 - Publicado em 28 out 2025, 18h22
policia-militar
Dia de caos: o município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O Rio de Janeiro passa pela maior operação de segurança em 15 anos, de acordo com o governo do estado.

Ao todo, 2,5 mil policiais civis e militares foram mobilizados em ações nos complexos do Alemão e da Penha. O objetivo é capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho.

A Operação Contenção, que deixa pelo menos 64 mortos, é também a mais letal do estado, superando o número de mortos da operação no Jacarezinho, considerada uma chacina, que deixou 28 mortos, em 2021.

Planejamento
De acordo com o governo do estado, a operação foi deflagrada após mais de um ano de investigação e 60 dias de planejamento. A operação cumpre centenas de mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça a partir de inquéritos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

O balanço parcial registra ​81 presos, ​72 fuzis apreendidos e grande quantidade de drogas ainda em contabilização.

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“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que quem exerce o poder é o Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado​”, disse o governador Cláudio Castro​, durante entrevista coletiva realizada nesta manhã​, no Centro Integrado de Comando e Controle ​(CICC).

“O que estamos enfrentando não é mais crime comum, é narcoterrorismo. Os criminosos estão usando tecnologia de guerra: drones, bombas e armamentos pesados. Mas o Estado está preparado”, completou.

O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto.

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Segundo o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro, vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na zona norte; Freguesia, em Jacarepaguá; e Taquara, na zona sudoeste, passam por interdições temporárias em função de ocorrências policiais. Mais de 100 linhas tiveram os itinerários alterados.

Circulação de ônibus

Segundo o Rio Ônibus, até o momento foram registrados 71 ônibus utilizados como barricadas e 204 linhas impactadas nesta terça (28). Um prejuízo significativo para a mobilidade urbana da cidade, afirma o órgão em nota. “Desde os primeiros momentos da megaoperação, o Sindicato manteve contato com a PMERJ e ao longo do dia com o prefeito Eduardo Paes e o governardor Cláudio Castro, visando manter o funcionamento do transporte por ônibus e a integridade de passageiros e rodoviários. O serviço está voltando à normalidade à medida que os bloqueios estão sendo desfeitos”.

Expansão
No X, termos como Comando Vermelho e Hell de Janeiro estão entre os mais comentados nacionalmente. Pessoas compartilham nas redes sociais vídeos nesta terça-feira registrando tiroteios, fumaça e as interdições das vias.

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Segundo pesquisa divulgada no ano passado pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF) e pelo Instituto Fogo Cruzado, o Comando Vermelho foi a única facção criminosa a expandir seu controle territorial de 2022 para 2023, no Grande Rio. Com o aumento de 8,4%, a organização ultrapassou as milícias e passou a responder por 51,9% das áreas controladas por criminosos na região.

A pesquisa mostrou que o Comando Vermelho retomou a liderança de 242 km² que tinham sido perdidos para as milícias em 2021. Naquele ano, 46,5% das áreas sob controle criminoso pertenciam às milícias e 42,9% ao Comando Vermelho.

 

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