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Triste fim: ameaçada de extinção, onça-parda é atropelada em rodovia

Acidente ocorreu em Paracambi, na Região Metropolitana do Rio, sendo o terceiro que ocorre no mesmo trecho nos últimos seis anos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 jul 2022, 14h42 - Publicado em 21 jul 2022, 14h41
Foto mostra onça-parda morta
Onça-parda: também conhecida como suçuarana, a espécie é atualmente classificada como vulnerável pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) (Izar Aximoff/Reprodução)
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Mais uma onça-parda (Puma concolor) foi vítima de atropelamento no último domingo (17) na Rodovia RJ-127, em Paracambi, na Região Metropolitana do Rio. É a terceira vez em seis anos que um acidente ocorre no mesmo trecho da estrada envolvendo o animal. As duas ocorrências anteriores foram registradas em abril de 2021 e em novembro de 2016.

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O predador foi visto pelo biólogo Izar Aximoff, que faz o monitoramento das onças-pardas em diversas regiões do estado, e acionou a mesma equipe que resgatou uma jovem fêmea da espécie em 2021. Segundo Aximoff, o animal foi recolhido pela guarda ambiental do município e encaminhado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde está sendo feita a necrópsia.

“Normalmente esses animais que são atropelados são jovens, porque estão procurando novas áreas para ocupar, estão dispersando. Em outra ocasião foi essa fêmea, praticamente no mesmo ponto da via. Mas até então poucas ações foram realizadas para diminuir esse risco”, explicou o biólogo ao jornal Extra.

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Como alternativas para diminuir o número dessas ocorrências em rodovias, ele destaca a criação de passagens de fauna – como o viaduto vegetado em Silva Jardim, situado no km 218 da BR-101 – e a aplicação de redutores de velocidade.

Propostas que são válidas também para outras vias, como a estrada RJ-155, que liga os municípios de Paracambi e Seropédica, onde também há um maior risco de atropelamento. Ao lado de outros pesquisadores, Aximoff desenvolve um projeto de monitoramento da estrada e dos fragmentos de floresta no entorno por meio de armadilhas fotográficas. O objetivo é  entender de onde vêm esses animais e o que pode ser feito para frear o número de acidentes.

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Considerado o segundo maior felino do continente americano, atrás da famosa onça-pintada, a onça-parda foi considerada extinta por mais de um século na área litorânea do Rio. No último trimestre de 2021, a espécie voltou a ser flagrada por armadilhas fotográficas no Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá (Revimar), uma das áreas de proteção ambiental do município.

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Antes, o animal foi visto no Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba, em junho de 2020. Em um artigo científico publicado na revista Check List, cientistas também comprovaram a presença da onça no Parque Estadual do Mendanha, no Parque Estadual da Pedra Branca e na Reserva Biológica de Guaratiba nos últimos anos.

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Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o animal está ameaçado pela expansão da presença humana em seu habitat natural.

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