Pela 13ª vez, óculos da estátua de Drummond são roubados em Copacabana
Flagrado em vídeo, autor do crime é investigado pela Polícia Civil. Bairro registrou aumento do número de furtos nos primeiros meses do ano

Símbolo do calçadão de Copacabana, a estátua de Carlos Drummond de Andrade foi novamente alvo de um roubo. Na manhã da última terça (26), câmeras instaladas pela prefeitura flagraram um furto dos óculos de cobre do escritor. Os vídeos foram entregues pela Secretaria municipal de Conservação à Polícia Civil do Rio, que abriu um inquérito para investigar o caso. O autor do crime ainda não foi encontrado. Segundo a secretaria de Conservação, a peça será orçada e os novos óculos deverão ser repostos em um mês.
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É uma história que se repete. Desde a inauguração do monumento em homenagem ao centenário do escritor em 2002, já foram registrados treze furtos dos óculos. O último roubo havia ocorrido há sete meses. Na ocasião, o criminoso foi encontrado pela polícia e afirmou ter vendido o objeto furtado por R$ 3,00 a um taxista. Além do acessório furtado com frequência, a estátua é um alvo comum de pichações e outros atos de vandalismo.
Instalada na Avenida Atlântica, em frente à Avenida Rainha Elizabeth, a escultura foi feita pelo artista plástico Leo Santana com um custo de R$ 65 000,00. A obra homenageia a história de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), considerado um dos maiores poetas brasileiros, que apesar de ter nascido em Minas Gerais, viveu durante décadas no famoso bairro da Zona Sul carioca.
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Nos últimos meses, foi registrado um aumento da roubos em Copacabana. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), houve o crescimento de 96% dos casos de furto em Copacabana e no Leme. O número de ocorrência subiu de 2 010 entre janeiro e março de 2022 para 1 026 no mesmo período de 2021.