Obras do trem-bala Rio-São Paulo são adiadas; saiba para quando
Empresa responsável pela execução do projeto adiou de 2027 para 2028 o pontapé inicial da construção, mas mantém a previsão de operações para 2032
O início das obras do trem de alta velocidade que ligará Rio de Janeiro e São Paulo foi novamente adiado. Antes previsto para 2027, o cronograma do projeto agora começa em 2028, segundo Bernardo Figueiredo, CEO da TAV Brasil, empresa autorizada pelo governo a construir e explorar o projeto por 99 anos. A previsão de início da operação comercial, no entanto, permanece a mesma: 2032.
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Figueiredo atribui o atraso à demora no licenciamento ambiental, que enfrenta sobrecarga no Ibama. Segundo ele, os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal têm prioridade no órgão, e o trem-bala não foi incluído no programa. Apesar disso, o executivo afirma que o projeto avança em novas etapas de engenharia e preparação técnica, com expectativa de ser apresentado a investidores até 2027. O órgão responsável pelo processo de licitação para a concessão da exploração do serviço à iniciativa privada é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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Antes denominada de Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a TAV Brasil foi criada em 2022 e recebeu autorização da ANTT no ano seguinte para construir e operar a linha por 99 anos, com base na Lei das Ferrovias — que permite concessões privadas sem necessidade de licitação. O trajeto terá 417 quilômetro e estações integradas ao metrô e trens urbanos nas duas capitais.
O investimento previsto é de R$ 60 bilhões, totalmente privado. O modelo, segundo Figueiredo, difere de experiências internacionais, geralmente financiadas em parte pelo Estado. Ele diz que o BNDES deve atuar apenas como agente financeiro, sem aporte direto. “O apoio institucional é importante, mas não haverá recursos públicos”, reforça. Empresas europeias e chinesas estão envolvidas na estruturação do projeto.
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Com o objetivo de reduzir a pressão exercida pelo crescente deslocamento de passageiros nas rodovias e aeroportos que compõem o eixo das duas capitais, o trem-bala é discutido no Brasil há mais de duas décadas e passou por diferentes governos, sem sair do papel. Segundo Figueiredo, o atual ambiente político é mais favorável: “Sempre houve consenso sobre a importância do projeto; faltava amadurecimento institucional”. A retomada só foi possível após a Lei das Ferrovias, sancionada em 2021.
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As passagens devem custar entre R$ 300 e R$ 500, com serviços variados, buscando competir tanto com ônibus quanto com aeronaves. Também está prevista integração com sistemas de transporte urbano para facilitar a distribuição de passageiros.
Nos próximos dois anos, a TAV Brasil se dedicará à conclusão do licenciamento ambiental e da engenharia executiva. “A meta é que o projeto esteja pronto para ser apresentado objetivamente a investidores”, afirma Figueiredo.
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