Número de transplantes sobe 25% no estado no primeiro semestre
Além do número de transplantados, a quantidade de doadores de órgãos cresceu 15% nos primeiros seis meses de 2024
No primeiro semestre de 2024, 486 pessoas foram submetidas a transplantes no estado do Rio de Janeiro. Esse número é 25% maior que os realizados no mesmo período do ano passado. Nos primeiro seis meses de 2023 foram feitos 390 procedimentos pelo RJ Transplantes, central da Secretaria de Estado de Saúde.
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Uma das vidas salvas foi da pequena Calíope Silva, que recebeu um novo coração com apenas 10 meses de idade. Assim como ela, mais 18 pessoas foram submetidas a transplante de coração no Rio de Janeiro entre janeiro e junho. A menina esteve entre a vida e a morte e foi internada quando tinha três meses.
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Os médicos descobriram, após uma série de exames, que a menina tinha uma má-formação genética que provocava dilatação irreversível no órgão. Em janeiro, a família de Calíope recebeu a notícia de que havia um doador compatível e o novo coração estava a caminho. O transplante, realizado há seis meses, foi um sucesso.
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“Ver nossa filha cheia de energia, depois de ficar tão vulnerável, é motivo de muita alegria. O transplante permitiu que a minha filha vivesse novamente”, celebra o pai da criança, Eric dos Santos.
Para o coordenador do RJ Transplantes, Alexandre Cauduro, o crescimento no número de procedimentos é resultado de uma maior conscientização sobre a importância desse gesto, aliado ao trabalho realizado nos hospitais da rede estadual pelas Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. As equipes são formadas por profissionais que realizam a busca ativa para captação dos órgãos.
“A doação de órgãos tem a ver com solidariedade e com informação, por isso, investimos na capacitação contínua dos profissionais que atuam nas Comissões de Doação. O objetivo é que eles disponham de todas as informações possíveis sobre a importância da doação de órgãos e que tenham condições de abordar as famílias de forma técnica, mas humanizada. Quem doa o órgão de um familiar está ajudando a salvar a vida de alguém num momento de perda”, explica Cauduro.
Além do número de transplantados, a quantidade de doadores também cresceu significativamente no estado. Segundo o RJ Transplantes, no primeiro semestre deste ano, foram efetivadas 217 doações de órgãos, um aumento de 15% em relação ao mesmo período em 2023, quando foram realizadas 188.
O órgão mais captado foi rim: 266 de doadores falecidos e 27 de doadores vivos. Em seguida, aparece o fígado, com 151 de doadores falecidos.
Ao todo, na rede estadual de saúde existem 106 Comissões de Doações distribuídas em unidades próprias nos principais hospitais, entre eles, Alberto Torres, em São Gonçalo; Getúlio Vargas, em Penha; Melchiades Calazans, na Baixada e Roberto Chabo, em Araruama.