Continua após publicidade

Número de homicídios na Barra sobe 150% em relação ao ano passado

Bairro em que médicos foram executados teve 60 mortes entre janeiro e agosto deste ano, contra 24 no mesmo período do ano passado

Por Da Redação
6 out 2023, 18h45
quiosque-barra-medicos-mortos
Ataque em quiosque: médicos foram executados porque um deles foi confundido com miliciano (Internet/Reprodução)
Continua após publicidade

O triplo assassinato ocorrido na madrugada desta quinta (5), na orla da Barra da Tijuca, chocou o país por suas características e chamou a atenção para uma realidade violenta que vem acontecendo na região. A área do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), que abrange o bairro, teve um aumento de 150% nos homicídios entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram 60 mortes nos primeiros oito meses de 2023, contra 24 no mesmo intervalo de tempo.

+ Principais suspeitos de assassinar médicos são encontrados mortos

O crescimento do número de assassinatos na área do 31º BPM — que abrange o Recreio, Barra de Guaratiba, Joá, Itanhangá, Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim e Grumari — seria reflexo de uma guerra entre traficantes de uma facção criminosa, bandidos rivais e milicianos. Todos estariam envolvidos na disputa de territórios localizados na região. Segundo o jornal O Globo, só na área das Vargens foram sete mortes entre março e o último dia 6 de junho. A polícia já sabe que de um lado da disputa estão milicianos de dois grupos distintos e traficantes de duas facções criminosas diferentes. Uma das quadrilhas integradas por paramilitares que disputam áreas da Barra, nas Vargens e no Recreio é chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que já domina os Bairros de Campo Grande e Santa Cruz.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

A polícia também já identificou que o traficante conhecido como Esquilo, ligado ao ex-miliciano Philip Motta Pereira, o Lesk, encontrado morto após ter se envolvido com a execução dos três médicos – mortos por engano em um quiosque na madrugada desta quinta (5), porque um deles se parecia com um miliciano -, estaria envolvido na guerra principalmente na Vargem Grande e na Vargem Pequena. Outra milícia de Curucica, que conta com apoio de traficantes de uma segunda maior facção criminosa do tráfico, também disputa áreas no Recreio. Os grupos brigam pelo controle de territórios e de negócios ilegais, como loteamento irregular de terrenos e cobranças de taxas de motoristas do transporte alternativo. Só com a cobrança imposta aos motoristas de vans, a milícia fatura entre um milhão e 2 milhões e reais, em alguns bairros como Santa Cruz e Campo Grande. Procuradas pelo jornal, as polícias Civil e Militar não se pronunciaram sobre o assunto.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.