Nova lei proíbe que 2 endereços homenageiem a mesma pessoa no Rio

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Responda rápido: onde fica a Presidente Vargas? A resposta mais óbvia para qualquer carioca é o Centro, onde uma grande avenida leva o nome do ditador. Entretanto, a cidade conta com ruas em homenagem ao gaúcho nos bairros de Bonsucesso, Cosmos, Guaratiba e Jacaré. Para dar fim a possíveis confusões, o prefeito Marcelo Crivella sancionou nesta quarta (14) o projeto de lei 497 de 2017, que proíbe a duplicidade do homenageado na denominação de logradouros públicos na cidade. A medida foi publicada na edição desta terça (15) do Diário Oficial do Município.

A novidade pode diminuir a presença do nome de algumas figuras históricas no mapa carioca. Um exemplo é o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda, que hoje batiza ruas em Cosmos, na Penha e na Maré. Opositor direto de Lacerda no começo dos anos 60 e aliado nos tempos de Frente Ampla, o presidente deposto João Goulart muda de forma de acordo com o bairro. Em Benfica, é uma travessa; No Vidigal, uma avenida. Seu cunhado e ex-governador fluminense Leonel Brizola sofre de mal parecido. É rua na Gardênia Azul e em Paciência, ao mesmo tempo que nomeia oficialmente uma das principais vias da cidade, a Linha Amarela. Ah, sim: a Linha Vermelha, no papel, se chama Via Expressa Presidente João Goulart.

De autoria do vereador Zico Bacana (PHS), o texto proíbe que alamedas, avenidas, becos, campos, escadas, estradas, galerias, jardins, ladeiras, largos, parques, passagens, passarelas, praças, praias, rodovias, ruas, travessas, trevos,
viadutos e vielas recebam nomes já dados a outros endereços. No projeto que deu origem à nova lei, o parlamentar justificou a nova medida como uma forma de ampliar a concessão de homenagens na cidade. Os motoristas e os entregadores agradecem.