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Músicos sem fronteiras

Projeto de concertos gratuitos que teve início em museus cariocas é exportado para o 13º país

Por Lais Botelho
Atualizado em 2 jun 2017, 13h01 - Publicado em 27 ago 2014, 15h44
Tomás Rangel
Tomás Rangel (Redação Veja rio/)
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Cumprir uma turnê internacional é um certificado seguro do sucesso de uma atração. Não são muitos os espetáculos nacionais que podem se orgulhar do reconhecimento no exterior. Nesse seleto grupo figura o Música no Museu, projeto criado em 1997 com o intuito de popularizar a música clássica, com certa flexibilidade para bossa nova e outros gêneros brasileiros, por meio de concertos gratuitos em locais de fácil acesso. Desde 2005, a iniciativa vem expandindo suas fronteiras, já tendo chegado a todos os continentes. Na semana passada, o duo formado pelo casal Jerzy Milewski, violinista polonês naturalizado brasileiro, e Aleida Schweitzer, pianista catarinense, embarcou para Hanói, onde tinha na agenda um concerto na última sexta (22) para celebrar os 25 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e o Vietnã, que vem a ser o 13º país estrangeiro incluído na programação (veja o quadro). “As plateias lá fora adoram o chorinho, e não podemos fugir desse repertório”, diz Mi­lewski, que já atuou como solista na Orquestra de Câmara da Filarmônica Nacional da Polônia e é reconhecido por sua versatilidade. Na pauta de setembro estão previstos recitais dos pianistas Miriam Grosman no Palácio Foz, em Lisboa, e João Carlos Assis Brasil, no Welt Museum de Viena.

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Idealizador do projeto, que é bancado por um naipe de empresas via lei de incentivo fiscal e tem atraído em média 60?000 pessoas por ano, o advogado e empresário Sergio Costa e Silva tem planos ambiciosos de ampliação mundo afora. A próxima meta é levar a atração a Cuba, como parte do plano de intensificar a atuação na América Central e na África. No âmbito nacional, depois de estender os concertos a comunidades carentes e hospitais, a proposta é chegar a escolas e presídios. O Música no Museu deu origem ainda a dois eventos com o mesmo propósito de difusão sonora: o Rio Harp Festival, série de concertos em torno da harpa, e o Concurso Jovens Músicos, que destina uma bolsa de estudo no exterior aos vencedores. “Conquistamos um espaço e esperamos ampliá-lo cada vez mais”, diz Costa e Silva, com expectativa renovada. ?

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