Quem é o músico afastado de roda de samba por denúncias de agressão

Ex-companheira relata episódios de violência física e psicológica; artista é alvo de inquéritos em andamento e tem medida protetiva expedida pela Justiça

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 Maio 2025, 12h00
O percussionista Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico, do grupo Pagode do Adame, é investigado por agressões contra a ex-mulher
Dicico: Polícia investiga músico do Pagode do Adame por agressões a ex (Reprodução/Instagram)
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O percussionista Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico e integrante do grupo Pagode do Adame, está sendo investigado pela polícia por suspeita de agressões contra sua ex-mulher, Beatriz Ramos. Em nota oficial, o grupo informou o afastamento do músico de todas as atividades, enquanto o caso é apurado pelas autoridades.

Os episódios de violência teriam ocorrido durante o relacionamento do casal. Embora o caso só tenha vindo à tona nesta segunda-feira (5), as denúncias mais recentes são de setembro de 2024, com registros anteriores datando de 2020.

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Em depoimento ao G1, Beatriz relatou que viveu um relacionamento de seis anos com Didico e que os comportamentos agressivos começaram pouco depois do primeiro ano de convivência. Um dos episódios mais graves teria acontecido em 2020, quando ela ainda se recuperava do parto da primeira filha do casal.

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Ela também divulgou uma captura de tela de mensagens com xingamentos e ameaças, nas quais é chamada de forma ofensiva e hostil. “Em 2020 eu ainda estava no puerpério quando ele me agrediu. Depois, no final de 2020, a neném tinha quase um ano e ele me agrediu de novo”, disse Beatriz.

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Segundo relatado à polícia em 2024, ela teria sido vítima de pelo menos dez agressões ao longo do relacionamento. A primeira denúncia foi feita ainda em 2020, mas posteriormente o casal reatou.

Em um texto publicado nas redes sociais, Beatriz fez um desabafo:
“Estar em um relacionamento abusivo é viver uma guerra silenciosa. Uma batalha entre o que se sente e o que se merece. É caminhar entre migalhas de afeto e explosões de dor. E ainda assim, por vezes, o coração insiste em olhar para trás. Em imaginar que, talvez agora, tudo possa ser diferente.”

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Ela prossegue:
“Essa carta não é um pedido de desculpas. É um desabafo, um grito, uma tentativa de colocar em palavras o que tantas pessoas vivem em silêncio. Não é fácil explicar por que alguém volta. Às vezes, é a esperança. Às vezes, o medo. Às vezes, a crença de que o amor pode mudar alguém.”

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De acordo com Beatriz, a agressão mais recente ocorreu quando ela decidiu encerrar o relacionamento, após descobrir uma traição. Após o episódio, ela afirma ter ingerido uma grande quantidade de medicamentos controlados. Foi socorrida por familiares e passou um mês internada em uma clínica psiquiátrica, diagnosticada com depressão. Durante esse período, ficou longe da filha, que ficou sob os cuidados das avós.

“O amor, por si só, não salva. E ninguém deveria ser campo de batalha de outra pessoa. A dor não deve ser romantizada. Amor de verdade não machuca. E se for para recomeçar, que seja comigo mesma. Inteira. Firme. Viva”, escreveu.

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Atualmente, Beatriz está protegida por medidas protetivas expedidas pela Justiça, que impedem qualquer contato de Matheus com ela e determinam seu afastamento do lar.

Segundo a advogada Fabíola Marconi, que representa Beatriz:
“A violência física aconteceu em setembro de 2024, mas como ela, infelizmente, não tinha quem a representasse, só entrei no caso em abril. Somente no último dia 30 conseguimos que ele fosse notificado da medida protetiva. Neste momento, ela está protegida legalmente.”

A Polícia Civil confirmou que Matheus foi indiciado na investigação de 2020, cujo inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Já a denúncia mais recente, registrada em setembro de 2024, segue sob investigação na 75ª DP (Rio do Ouro), também acompanhada pelo MPRJ.

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Em nota divulgada nas redes sociais, o grupo Pagode do Adame afirmou:
“Em função de questões de ordem pessoal envolvendo o integrante Didico, o artista está afastado de todas as atividades com a banda até que os fatos sejam apurados pelas autoridades competentes.”

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O comunicado também destaca a posição do grupo contra qualquer tipo de violência:
“Somos veementemente contrários a todas as formas de violência, inclusive a de gênero, seja ela física, psicológica, sexual, econômica ou política. Reforçamos nosso compromisso com o respeito, a responsabilidade e a transparência junto ao nosso público.”

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