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Futuro incerto: Museu do Samba só tem verba para funcionar até junho

Instituição que há 20 anos guarda 4 500 manuscritos, documentos e objetos de sambistas, além de 160 depoimento gravados por baluartes, precisa de fomentos

Por Paula Autran
18 fev 2022, 06h00
Museu do Samba
Não deixe o samba morrer: Museu do Samba, na Mangueira, não só encanta turistas, mas ajuda a marcar a identidade de um povo. (Diego Mendes/Divulgação)
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Em um ano que começou com a venda da sede do Museu de Arte Naïf (Mian), outra importante instituição carioca agoniza, mas não quer morrer. O Museu do Samba, reconhecido como centro de referência de documentação e pesquisa do gênero, na Mangueira, tem futuro incerto a partir de junho, quando acaba seu último fomento, proveniente de uma emenda parlamentar.

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Fundado em 2001 como Centro Cultural Cartola por Nilcemar Nogueira, neta do compositor, o espaço começou com 300 itens do baluarte mangueirense e conta hoje com mais de 4 500, entre manuscritos, documentos e objetos pessoais de sambistas, além de 160 depoimentos gravados por nomes como Monarco, Nelson Sargento e Delegado.

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Um material e uma programação que não só encantam turistas, mas ajudam a marcar a identidade de um povo. “Museu é lugar de transformação, mas não há nenhum comprometimento do poder público com o único local de guarda do principal ativo cultural da cidade”, lamenta Nilcemar.

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