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Diversão verde

Atrações interativas dão vida nova ao Museu do Meio Ambiente, que reabre no dia 13 dentro do Jardim Botânico

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 15h33 - Publicado em 6 jun 2012, 16h46
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jardim-botanico-01.jpg (Redação Veja rio/)
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Suspensas a 30 centímetros do chão, três plataformas aguardam a chegada dos visitantes. Elas lembram uma gangorra, com as extremidades oscilando de um lado ao outro, presas apenas por um eixo central. A cada movimento que a pessoa faz, na tentativa de se manter de pé sobre a prancha, imagens geradas por projetores aparecem nas paredes, graças à conexão com iPads. O toque futurista revela que não se trata de um simples passatempo de criança – se bem que os pequenos vão adorar. Essa, na verdade, é a primeira atração da exposição Meu Meio, em cartaz a partir do próximo dia 13, quando será reaberto o Museu do Meio Ambiente. Às vésperas da conferência mundial Rio+20, a volta do funcionamento do espaço e a mensagem subliminar por trás das brincadeiras não poderiam ser mais apropriadas. “Foram gastos mais de 5 milhões de reais para criar um ambiente em que as pessoas possam compreender a ação da humanidade e seu impacto no planeta. Esse conteúdo será mostrado em diferentes plataformas e com muita interatividade”, diz o presidente do museu, o sociólogo Liszt Vieira.

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[—FI—]

Primeiro centro cultural totalmente dedicado à ecologia na América Latina, o Museu do Meio Ambiente foi inaugurado há quatro anos. Em sua primeira encarnação, que funcionou até 2010, abrigou apenas quatro exposições temporárias. O casarão histórico dentro do Jardim Botânico não cumpria alguns requisitos internacionais de segurança, o que tornava inviável o valor do seguro para apresentar uma mostra. Veio daí a motivação para que a diretoria tomasse uma decisão radical: interromper as atividades e iniciar uma nova obra. Desta vez, com recursos mais modernos (veja detalhes no quadro). “Instalamos aparelhos de climatização, cabeamento digital, sistemas anti-incêndio e de vigilância predial”, detalha a coordenadora, Lidia Vales. Através do financiamento concedido pelo BNDES, também foram adquiridos projetores, televisores, computadores e outros aparatos eletrônicos. Até a Copa do Mundo, serão inaugurados mais dois anexos. O primeiro, ao lado do prédio principal, vai contar com 1?000 metros quadrados, usados para exposições de longa duração. O segundo abrigará um auditório e a sede administrativa.

Em diversos museus pelo mundo, agregar atividades que estimulem os cinco sentidos é uma prática habitual – e muito bem-sucedida. Só no Science Museum, aberto em Londres em 1857, há cerca de cinquenta exposições em que os visitantes podem jogar videogames, assistir a sessões de cinema 3D e até manipular uma mão biô­nica, aprendendo como se deu toda a evolução tecnológica desde a Revolução Industrial. Dedicado ao compositor polonês Frédéric Chopin (1810-1849), o Museu Chopin, em Varsóvia, é outro que figura entre os mais modernos do mundo. Desde que foi reformulado, em 2010, após investimento de 20 milhões de dólares, um tíquete eletrônico permite personalizar o que será exibido nos telões. Nem é preciso ir tão longe. Em São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa já atraiu mais de 2,6 milhões de pessoas, o que o coloca no topo do ranking dos mais visitados da América Latina. Um de seus experimentos mais marcantes, o Beco das Palavras permite brincar com a criação de vocábulos ao mesmo tempo em que são passadas lições sobre etimologia.

No Rio, várias atrações inovadoras prometem revolucionar o roteiro de atrações culturais da cidade, que, com exceção do CCBB, do MAM e do Oi Futuro Flamengo, peca pela monotonia. Três novas instituições têm inauguração prevista até o fim de 2014. Na futura sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), na Praia de Copacabana, serão disponibilizados fotos, vídeos e partituras históricas em tablets. Com painéis tridimensionais, o Museu do Amanhã pretende mostrar o impacto das ações humanas no planeta. Ainda no Centro, o Museu de Arte do Rio (MAR) vai intensificar o uso de meios multimídia para criar um panorama de identidade visual carioca. Ao todo, serão gastos 328 milhões de reais. É um investimento considerável, mas servirá para instruir adultos e crianças sobre temas relevantes e da atualidade. E o melhor de tudo: de forma divertida.

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