Continua após publicidade

Mortos ilustres ganham placas digitais no Cemitério do Caju

As aleias, agora com nomes de flores, também terão dados informatizados sobre os túmulos que podem ser visitados nas quadras

Por Agência Estado
Atualizado em 5 dez 2016, 11h43 - Publicado em 28 out 2015, 15h55
Cemitério do Caju
Cemitério do Caju ( Divulgação/)
Continua após publicidade

O Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte do Rio, ganhará plaquetas digitais para contar a história das personalidades enterradas ali. As aleias, agora com nomes de flores, também terão dados informatizados sobre os túmulos que podem ser visitados nas quadras. A iniciativa é da concessionária Reviver, que assumiu a administração em janeiro. O cemitério, que é o maior do Estado, terá ainda um roteiro turístico, às quintas-feiras.

“Queremos desmistificar o cemitério como local de afastamento e morte e transformá-lo em ponto de descoberta. É importante lembrar os brasileiros que ajudaram a construir o país”, disse o professor de História Milton Teixeira, que guiará os visitantes. “Visite o Rio enquanto está vivo. Ou você pode se tornar atração”, brincou ele.

+ Cemitério no Caju lança jazigos para obesos

+ Cemitério no Caju vira atração turística no Rio

Continua após a publicidade

A partir desta quarta-feira (28), serão instaladas placas de aço com códigos de barras dimensionais, as QR Codes. Escaneadas por celulares e tablets com internet, permitem acesso a informações detalhadas sobre a personalidade ali enterrada. As primeiras serão do cantor Tim Maia (1942-1998) e do ator, diretor e produtor Luís Carlos Miele, morto no início do mês, aos 77 anos. Quem escanear a placa de Tim Maia saberá sobre sua vida, carreira, músicas, verá fotos do cantor e ainda poderá assistir ao clipe de “Azul da Cor do Mar”.

Coordenador do projeto “Queridos para sempre”, o jornalista Edvaldo Silva mapeou personalidades enterradas no Caju. São cantores como Dolores Duran (1930-1959), Elizeth Cardoso (1920-1990), Waldick Soriano (1933-2008) e Emilinha Borba (1923-2005). Também está lá o Barão do Rio Branco (1845-1912), patrono da diplomacia brasileira.

Baluartes da Mangueira estão no cemitério: Cartola (1908-1980); sua viúva, dona Zica (1913-2013); a amiga Neuma (1922-2000); e o mais famoso intérprete da escola de samba, Jamelão (1913-2008) –este, enterrado em um túmulo simples, sem inscrição ou lápide.

Continua após a publicidade

Não só famosos terão placas indicativas com informações biográficas. O serviço também estará disponível para famílias que queiram digitalizar dados de parentes enterrados no cemitério. O valor não foi definido.

Polêmicos

Nem todos os detalhes sobre os enterrados serão revelados. Ficará de fora do roteiro o túmulo do traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, morto em rebelião no presídio Bangu 1, em 2002, e o do policial Mariel Mariscot, acusado de participar de grupo de extermínio e assassinado em 1981. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.