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Seis meses após morte de girafas, como estão os animais que sobreviveram

Liminar exigiu a remoção dos bichos, mas Bioparque afirma que as condições atuais dos galpões que os abrigam em Mangaratiba são satisfatórias

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 11 Maio 2022, 16h07 - Publicado em 11 Maio 2022, 16h07
Girafas: ainda não há data para que os animais sejam transferidos de Mangaratiba para o Bioparque
Girafas: ainda não há data para que os animais sejam transferidos de Mangaratiba para o Bioparque (Arquivo EBC/Agência Brasil)
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Quinze girafas importadas da África para o Bioparque do Rio permanecem alojadas em galpões do resort Portobello, em Mangaratiba, seis meses depois da morte de três animais. Uma vistoria apontou indícios de maus tratos às girafas, e ambientalistas estão preocupados alegando que nada conseguem fazer porque o inquérito policial que investiga está sob sigilo.

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Após uma operação da Polícia Federal, fiscais do Ibama autuaram o Bioparque por maus tratos e aplicaram multas, identificando também suspeita de importação irregular. No primeiro laudo do Ibama, os recintos que abrigam as girafas foram considerados insatisfatórios e irregulares. Cada dois animais deveriam ocupar um espaço de 600 metros quadrados, mas há grupos de três vivendo em espaço de 31 metros quadrados. O órgão informou depois que, após a notificação, os recintos foram adequados e que vistorias frequentes acompanham a adaptação.

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O grupo original de 18 girafas chegou ao Brasil em novembro de 2021, vindo da África do Sul, em negócio avaliado R$ 6 milhões. No dia 14 de dezembro, seis girafas atravessaram a cerca e tentaram fugir. Todas foram recapturadas, mas três morreram poucas horas depois. Exames feitos nos cadáveres constataram a presença de substâncias associadas a um estresse profundo.

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Segundo informações divulgada pela Rede Globo, o procurador da República Jaime Mitropoulos determinou que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realize com urgência uma vistoria para checar as condições de saúde, acomodação e bem-estar das girafas que estão em Mangaratiba. Além disso, uma liminar da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio exigiu a remoção dos animais do recinto atual no prazo máximo de 48 horas, com multa diária de R$ 5 mil para o Bioparque.

O caso foi transferido para a Justiça de Mangaratiba, que se negou a aceitá-lo. Diante do conflito de competência, caberá ao Tribunal de Justiça do Rio decidir quem será o responsável pelo assunto. Um imbróglio que prejudica ainda mais a situação dos animais.

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O Bioparque afirma que as girafas permanecem em Mangaratiba em bom estado de saúde, com acesso a área externa para banho de sol, acompanhadas pelos órgãos competentes. Ainda não há data para que os animais sejam transferidos para o parque da Quinta da Boa Vista. O Inea afirma que realizou seis vistorias no local e que as novas acomodações das girafas são amplas e arejadas, apropriadas para animais de grande porte.

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