Instituto Moreira Salles lança edital para jovens fotógrafos de periferias
Quatro selecionados, em dupla ou individualmente, ganharão bolsa de 8 mil reais e acompanhamento profissional; resultado dos trabalhos sairá em e-book
O Instituto Moreira Salles (IMS) e o Observatório de Favelas, a partir do Programa Imagens do Povo, lançaram nesta terça (26) o edital Residência Artística Laboratório de Imagens, voltado para jovens fotógrafos das periferias do Rio de Janeiro. As inscrições estão abertas neste link até 29 de maio, e os selecionados receberão bolsas no valor total de 8 mil reais, com acesso a aulas práticas e teóricas, além de acompanhamento profissional ao longo de quatro meses. O resultado final dos trabalhos desenvolvidos na formação será publicado em e-book.
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A formação é voltada para jovens, de 18 a 30 anos, com atuação iniciante no campo da fotografia e oriundos das periferias do Rio de Janeiro. Serão selecionadas quatro candidaturas, sendo possível se inscrever individualmente ou como dupla artística. Esta é a terceira edição da residência que, neste ano, tem como objetivo incentivar a ampliação de repertório e o aperfeiçoamento de portfólio de artistas iniciantes de territórios populares cariocas.
As pessoas selecionadas terão acesso à formação de quatro meses, ministrada entre julho e outubro deste ano. A bolsa será paga em parcelas mensais de 2 mil reais, ao longo dos quatro meses. O valor total contempla transporte, alimentação e outros custos relacionados ao processo artístico. Os encontros de formação terão formato híbrido, e as atividades presenciais acontecerão no IMS Rio, na Gávea, e no Observatório de Favelas, no Conjunto de Favelas da Maré. Ao final da vivência, os trabalhos desenvolvidos durante a residência serão reunidos em um e-book, a ser publicado no primeiro semestre de 2023.
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“Essa parceria fortalece e garante visibilidade ao trabalho de artistas de territórios populares que, de dentro desses territórios, revelam para fora o fazer fotográfico diferenciado, sensível, visibilizando lutas e potências, registrando cotidianos, compartilhando saberes e ao mesmo tempo criticando e questionando os modelos sociais colocados”, diz Rosilene Miliotti, coordenadora do Imagens do Povo. Para Renata Bittencourt, coordenadora de Educação do IMS, a residência focada no processo criativo de cada participante é fundamental para o desenvolvimento dos trabalhos. “Esperamos contribuir, como instituição cultural, com a difusão e a fruição artística. Por meio de encontros teóricos e práticos, palestras e mentoria, acreditamos ser possível colaborar para uma cena artística jovem e potente do território do Rio de Janeiro”, afirma.