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Ministério Público teme violência durante retirada de camelôs do Centro

Segundo a prefeitura, faturamento de 'milícia do asfalto' com pontos de ambulantes na Rua Uruguaiana chega a até R$ 250 mil por mês

Por Da Redação
1 mar 2024, 14h41
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Uruguaiana: homem conhecido como Marcos ou Marcola estaria cobrando taxa semanal de R$ 100 dos ambulantes, para manter esquema que inclui olheiros que alertam quando agentes da Guarda Municipal ou fiscais da prefeitura se aproximam. (./Divulgação)
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A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, enviou ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, um ofício solicitado o envio de informações sobre o planejamento para a realização da ação de retirada de ambulantes no entorno da Rua Uruguaiana, no Centro. Segundo o procurador Julio José Araujo Junior, há preocupação quanto a possíveis atos de violência cometidos pela Guarda Municipal, assim como o desejo de assegurar a atuação de pessoas que não estejam ferindo a lei no local. O MPF também quer saber que alternativas o município irá adotar para atuação livre de quem não estiver envolvido em atividades ilícitas.

+ Por que camelôs serão proibidos de ocupar a Rua Uruguaiana, no Centro

O secretário municipal de Ordem Pública do Rio, Brenno Carnevale, estima que a milícia que atua no aluguel de pontos para ambulantes na Rua Uruguaiana, no Centro, movimenta de R$ 200 mil a R$ 250 mil por mês. A ação do grupo paramilitar no local foi confirmada por investigação da Secretaria de Ordem Pública (Seop). Carnevale se reunirá, na semana que vem, com autoridades de Segurança do estado para planejar uma operação de desocupação da área. A data ainda não está definida. A ideia é manter uma ação permanente na região, como foi feito em Acari, onde há seis semanas a feira, conhecida como “robauto”, deixou de ser montada. Lá, 70 licenças foram distribuídas para camelôs trabalharem em uma feira em outro ponto da Avenida Martin Luther King Jr.

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As ações serão estruturadas com base em uma série de relatórios feitos pela Seop, que identificou o local como um dos principais pontos de venda de celulares roubados e furtados da cidade. Em um desses documentos, do inicio de fevereiro, a secretaria aponta um homem conhecido como Marcos ou Marcola como um dos responsáveis por cobrar uma taxa semanal de R$ 100 dos ambulantes. Essa informação levou o prefeito Eduardo Paes a determinar uma intervenção na região. Segundo Carnevale, em entrevista ao jornal O Globo, eles atuam como “uma verdadeira milícia no asfalto”. De acordo com as investigações, pelo menos dez pessoas participam do esquema de cobrança das taxas. Outros sete homens trabalham como olheiros, para alertar quando agentes da Guarda Municipal ou fiscais da prefeitura se aproximam.

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