Cabe na palma da mão: pescador encontra minipolvo na Baía de Guanabara
Até então, animal da espécie polvo pigmeu (Paroctopus cthulu) só tinha sido visto na Praia Vermelha, na Urca
Você já viu um minipolvo? Iguaria em alguns restaurantes japoneses, a exemplo da Casa Ueda, em Botafogo, que importa o insumo do Japão, um animalzinho desses deu o ar da graça na rede de um pescador em plena Baía de Guanabara, perto da Freguesia da Ilha do Governador.
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Segundo o Instituto Mar Urbano, ele é da espécie polvo pigmeu (Paroctopus cthulu) do Atlântico e foi flagrado pela equipe da Expedição Águas Urbanas. Foi a primeira vez que o minipolvo dessa espécie foi notado no meio das águas da Baía de Guanabara.
A professora doutora Tatiana Leite, do Laboratório de Métodos de Estudos Subaquáticos e Cefalópodes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do @projeto_cephalopoda explicou que, até então, o polvinho só era visto na Praia Vermelha, na Urca. Segundo a pesquisadora, a espécie deve ter se adaptado a entender que seu habitat natural é um local com acúmulo de lixo, em vez das conchas naturais.
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Difícil de ser visto e ainda mais de ser filmado, o polivinho mostra jogo de cintura danado em seu balé de tentáculos, dando um jeito de se adaptar às mais diferentes condições das águas fluminenses, como definiu o Instituto Mar Urbano no Instagram.
Em conversa com VEJA Rio, Ricardo Gomes, biólogo e diretor do IMU, afirmou que o animalzinho foi solto logo após a gravação do vídeo. O pescador que o capturou sem querer ainda afirmou que o minipolvo “saiu nadando como uma flecha.”