Milícia comandada por Zinho movimentou R$ 135 milhões, aponta investigação
Empresa de internet que dominava os serviços na Zona Oeste e haras para a lavagem de dinheiro são investigados pela Polícia Civil
Investigação policiais apontaram que a milícia comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso desde o fim de 2023, movimentou R$ 135 milhões nos últimos sete anos, lavando dinheiro através de sete empresas.
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A Estrellar Web, por exemplo, que funciona em Santa Cruz e monopolizava os serviços de internet da região, na Zona Oeste, tem cerca de 40 mil assinantes, segundo reportagem da Rede Globo. A empresa foi fechada nesta quarta (28) durante a Operação Cosa Nostra Fraterna, contra a lavagem de dinheiro da milícia de Zinho, a maior do estado.
Participam da ação investigadores da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPRJ). Na sede da Estrellar Web, os agentes encontraram três cofres, e um deles com pelos menos R$ 50 mil.
O outro local de busca e apreensão foi um haras, em Guaratiba, também na Zona Oeste, que os investigadores afirmam ser de propriedade da milícia, que usaria o local para a compra e venda de animais, em prática semelhante a dos contraventores do jogo do bicho. Além da interdição das empresas envolvidas no esquema, a Justiça também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.
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Zinho está preso desde o fim de dezembro, quando se entregou, na sede da Polícia Federal. Ele está no Complexo Penitenciário de Bangu, e teve a transferência a um presídio federal autorizada pela Justiça.