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Como a milícia usava haras na Zona Oeste para lavagem de dinheiro

Alvo de operação da Polícia Civil e do Ministério Público nesta quarta (28), local era paixão de Ecko; ali milicianos negociavam cavalos

Por Da Redação
28 fev 2024, 13h52
Haras-paixão-Ecko-lavagem-dinheiro-milícia-compra-cavalos
Ecko: cavalos que aparecem em imagens obtidas pela Polícia tinham a mesma marca dos animais do rancho que o miliciano frequentava. (Internet/Divulgação)
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Um haras foi um dos alvos de uma operação contra lavagem de dinheiro deflagrada nesta quarta (28), no Rio. Batizada de Cosa nostra fraterna, a ação da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (Dcoc-LD) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio levou os agentes ao Haras Verão Vermelho, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, usado pela família do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, desde antes da morte de seu irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko.

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Desde 2021, a polícia investigava o criminoso, que tinha alguns cavalos. A suspeita era a de que a compra fosse também uma maneira de lavar dinheiro. Ecko, que frequentava o local com a mulher e os filhos, aparecia em fotos sozinho e com a família ao lado dos animais obtidas na época pelos investigadores. Os cavalos que aparecem nas imagens tinham a mesma marca dos animais do rancho que o miliciano frequentava. No perfil do local no Instagram, era anunciada a venda e aluguel de cavalos, além de óvulos e embriões dos animais e o aluguel de carruagens. Segundo investigações, o grupo criminoso, até então comandado por Zinho, chefe da maior milícia do estado, teria movimentado R$ 135 milhões em sete anos, entre 2017 e 2023.

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A ação desta quarta (28) tem o objetivo de cumprir 21 mandados de busca e apreensão. Os agentes estiveram em Paciência, na Barra da Tijuca, no Recreio dos Bandeirantes, em Guaratiba, em Vargem Grande, em Santa Cruz e em Cosmos, todos bairros da Zona Oeste, assim como no município de Seropédica, na Região Metropolitana. Os endereços são ligados a nove pessoas físicas e sete jurídicas que são alvos da investigação.

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